Em tempos de empresas financeiras virtuais – as fintechs – o PJBank busca atender clientes corporativos com serviços bancários sem que elas precisem ir a um banco. A empresa, que fará seu lançamento nessa semana, oferecerá digitalmente serviços como emissão de boletos, pagamento de funcionários, de contas e cartão corporativo integrados no sistema administrativo das companhias.
A proposta é de fazer com que empresas pequenas e médias economizarem tempo com processo. Segundo o CEO da empresa, Carlos Cêra. Testes internos apontaram que ter usar o sistema administrativo (ERP) em conjunto com o do novo banco digital reduziria a carga de trabalho de um departamento financeiro em até 30%. “Temos um aplicativo para celular, mas é mais para que gestores façam a aprovação de operações”, disse Cêra a VEJA. O ganho de tempo se daria pela simplificação de processos como a conferência de informações ou prestação de contas, por exemplo.
Com a estrutura 100% digital, a promessa é de oferecer tarifas até 80% mais baratas que a da concorrência. Por ser autorizada a funcionar como empresa de arranjo de pagamentos, e não como banco propriamente dito, o PJBank não vai poder oferecer serviços de empréstimos ou investimentos.
A meta é conseguir 15.000 clientes até o fim do ano. Estão na mira as empresas que não precisam dos serviços de crédito e compra de ativos, que teriam no PJBank seu serviço principal, e empresas que queiram conciliar esses serviços com os de um banco tradicional.
O PJBank não colocará restrições de tamanho para empresas aderirem ao serviço, mas acredita que serão procurados pelas pequenas e médias. “Empresas grandes conseguem negociar com os bancos”, diz o CEO. Outra aposta de diferenciação é na personalização dos serviços por segmentos. A companhia tem entre seus sócios a Superlógica, empresa que produz sistemas administrativos.
Os serviços estarão disponíveis a partir do dia 10 de agosto. Até lá, serão realizados mais testes com os primeiros interessados.