Faltou trabalho para 27,7 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano. Esse é o número absoluto de brasileiros que integram a força de trabalho subutilizada no país, dado que reúne os que não conseguem emprego, os que trabalham menos do que poderiam, os gostariam de ter uma ocupação, mas não procuraram emprego ou chegaram a procurar uma oportunidade, mas não estavam disponíveis para trabalhar.
A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,7%, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior porcentual na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), iniciada em 2012. O contingente de subutilizados também é o maior da série histórica.
Entre os trabalhadores subutilizados estão os desalentados (aqueles que podem trabalhar, mas não conseguiram vaga), que representam 4,6 milhões de pessoas. No último trimestre de 2017, esse contingente era de 4,3 milhões de brasileiros. A taxa de desalento, no primeiro trimestre ficou em 4,1% da força de trabalho ampliada do Brasil, a maior da série histórica. O Nordeste é a região brasileira com mais desalentados, 60,5% do total
Os desempregados somam 13,7 milhões de pessoas, com taxa de desemprego em 13,1% no primeiro trimestre, conforme divulgado anteriormente pelo IBGE. São os que procuram emprego, mas não conseguiram nos últimos 30 dias.
Além disso, são considerados trabalhadores subocupados 6,2 milhões de brasileiros, aqueles empregados, mas com jornada de trabalho inferior a 40 horas semanais.
O restante dos trabalhadores subutilizados são aqueles que podem trabalhar, mas não têm disponibilidade.