A bolsa de valores de São Paulo prosseguiu com seu viés positivo nesta quarta-feira, 18, atingindo uma nova marca histórica com alta de 1,51% do Ibovespa. Pela primeira vez, passou a marca simbólica de 114 mil pontos, batendo novo recorde. O índice fechou o pregão em 114.314 pontos. A máxima anterior foi exatamente no dia anterior, quando a bolsa chegou aos 112.615 pontos.
A promessa de Paulo Guedes sobre o crescimento de ao menos 2% do PIB em 2020, que trouxe mais tranquilidade para o mercado, a sessão na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos que pode impor um impeachment a Donald Trump, — o que afetou ligeiramente o dólar, que fechou em leve alta de 0,02%, cotado a 4,06 reais —, e o anúncio do Fed na semana passada de que não aumentará os juros no ano que vem estão entre os elementos que valorizaram a bolsa.
“A promessa de Guedes de dobrar o crescimento do PIB no ano que vem e a notícia de que a Câmara aprovou a transferência do Coaf para o Banco Central geraram mais otimismo sobre a economia”, explica Pablo Spyer, diretor de operações da corretora Mirae Asset.
Na tarde desta quarta-feira, o ministro da Economia falou à imprensa fazendo um balanço sobre o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, e declarou: “Vem uma avalanche de investimentos no ano que vem”.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o destino do presidente Trump está sendo decidido na Câmara dos Deputados, onde os congressistas discutem os dois artigos de impeachment que podem levar o inquérito ao Senado. Isso fez com que, durante todo o dia de hoje, o dólar estivesse em baixa, fechando em queda de -0,223%.
Para Sandra Peres, analista da Terra Investimentos, apesar do impacto do impeachment existir, ele é limitado. “Como a votação ainda precisa passar pelo Senado, onde o republicano tem maioria e a chance de passar é muito pequena, o peso para o mercado foi reduzido”, disse.