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EUA criam 142 mil vagas de emprego em agosto, abaixo do esperado

Tanto a taxa de desemprego, em 4,2%, quanto o número de desempregados, em 7,1 milhões, mudaram pouco em agosto. Dados são importantes para balizar juros

Por Camila Pati 6 set 2024, 09h57

O mercado de trabalho dos Estados Unidos gerou 142 mil empregos em agosto, segundo o relatório divulgado nesta sexta-feira, 6 pelo Bureau of Labor Statistics (BLS). Segundo os dados do payroll, tanto a taxa de desemprego, em 4,2%, quanto o número de desempregados, em 7,1 milhões, mudaram pouco em agosto.

Os dados de emprego nos EUA eram amplamente esperados pelo mercado financeiro, já que servem de balizadores para o Federal Reserve (Fed) decidir sobre os juros. Com a criação de empregos abaixo do esperado, os sinais de desaceleração da maior economia do mundo ficam mais firmes, aumentando as apostas de redução dos juros por lá. Segundo a ferramenta CME FedWatch: aposta em corte de 0,5 ponto do juro nos EUA passa a ser majoritária após payroll, com 51%

 O setor de construção civil e o de saúde foram os que mais contribuíram para o aumento das contratações no período. A construção civil respondeu por 34 mil novas vagas em agosto, superando a média mensal de 19 mil observada nos últimos 12 meses. O destaque foi o crescimento de 14 mil vagas em obras de engenharia pesada e civil.

O setor de saúde registrou 31 mil novos empregos, cerca de metade do ritmo médio de crescimento observado no último ano. Os serviços ambulatoriais de saúde lideraram com 24 mil novas vagas, seguidos por hospitais, que adicionaram 10 mil empregos. O setor que perdeu vagas foi o manufatureiro que registrou menos 24 mil postos de trabalho, refletindo a redução de 25 mil empregos nas indústrias de bens duráveis.

O número de pessoas desempregadas permaneceu em 7,1 milhões, ligeiramente acima dos 6,3 milhões registrados no mesmo mês do ano passado, quando a taxa de desemprego era de 3,8%. O desemprego é maior entre os adolescentes, com taxa de 14,1%, enquanto a taxa entre homens adultos foi de 4,0% e entre mulheres, 3,7%.

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Os salários também continuaram a crescer. Em agosto, o ganho médio por hora subiu 14 centavos, ou 0,4%, alcançando 35,21 dólares para todos os trabalhadores no setor privado.

 Nos últimos 12 meses, os salários cresceram 3,8%. Para os trabalhadores de produção e não supervisionados, o aumento foi de 11 centavos, com o salário médio por hora chegando a 30,27 dólares. A jornada média de trabalho para todos os empregados do setor privado subiu ligeiramente, para 34,3 horas semanais.

O BLS também revisou para baixo os dados de emprego de junho e julho, com cortes de 61 mil e 25 mil empregos, respectivamente. Com essas revisões, o crescimento total do emprego nesses dois meses foi 86 mil vagas inferior ao reportado inicialmente.

O próximo relatório de empregos, referente a setembro, será divulgado em 4 de outubro de 2024.

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