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Embraer e Boeing correm para aprovar negócio antes da eleição

Se não der tempo, será preciso reiniciar conversas com o próximo governo

Por Da redação
Atualizado em 5 jul 2018, 16h36 - Publicado em 5 jul 2018, 14h18
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  • EMBRAER
    Fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP) (YASUYOSHI CHIBA/AFP)

    Após anunciarem acordo para a compra de 80% do segmento de aviação comercial da Embraer pela Boeing, as empresas correm para apresentar ao governo federal o contrato da joint venture — empreendimento conjunto — que será formada pelas duas companhias.

    Em conferência transmitida a investidores da empresa, o CEO da Embraer disse que o objetivo é apresentar a documentação para o governo no fim de outubro ou começo de novembro. Depois, as tratativas devem seguir para os acionistas da Embraer em dezembro. “Tudo seria ainda com essa administração (federal)”, afirmou o executivo.

    Como o governo é detentor de uma golden share, ação preferencial que dá poder de veto em determinadas negociações, além da aprovação de acionistas e agências reguladoras no Brasil e em todos os países em que as empresas operam, é preciso que a presidência dê seu aval.

    Se não der tempo de o presidente Michel Temer aprovar a transação, será preciso reiniciar conversas com o próximo governo, o que confere um grau de incerteza sobre o futuro do acordo.

    Concorrência

    As conversas entre as duas empresas são intensas desde outubro, quando a europeia Airbus anunciou a compra de 50,1% da divisão de aviação comercial da canadense Bombardier.

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    Em reação, a Boeing passou a visar a Embraer, que é líder no setor de aviões menores de até 150 passageiros. Hoje, a empresa brasileira tem 30% desse mercado. “A Boeing é uma empresa que detém muito mercado americano e quer fazer frente à união da Airbus e Bombardier anunciada no ano passado. Com a joint venture, a Embraer vai entrar na briga”, explica Rina Pereira, coordenadora do Ibmec. 

    Embraer e Bombardier são fabricantes de aviões de médio porte, com capacidade entre 100 e 150 passageiros. As duas atuam, sobretudo, em um segmento em que Boeing e Airbus não tem expertise. As gigantes são especializadas em aeronaves de grande porte.

    A Embraer é uma empresa privada desde 1994. Negociada nas bolsas de valores B3, de São Paulo, e Nyse, de Nova York, tem mais investidores estrangeiros que brasileiros. Seus maiores acionistas são as americanas Brandes Investment Partners e BlackRock, que detém 14,9% e 5,50% da empresa, respectivamente, a inglesa Mondrian Investment Parners, com participação de 9,9%, e o BNDES, por meio da BNDESpar, com 5,4%. A Previ, fundo de previdência dos funcionários Banco do Brasil, tem pouco menos de 5%.

    Sediada em São José dos Campos (SP), a Embraer emprega 18.443 pessoas no mundo todo. A área de aviação comercial, envolvida na transação com a Boeing, corresponde a cerca de 60% da receita líquida da empresa, que em 2017 foi de R$ 18,713 bilhões. 

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    (Com Estadão Conteúdo)

     

     

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