O Bradesco abriu nesta quinta-feira, 25, a temporada de balanço trimestral dos bancos. A instituição apresentou lucro líquido recorrente de 6,238 bilhões de reais nos três primeiros meses do ano. A cifra é 22,3% maior que o mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de 5,102 bilhões de reais. Na comparação com o trimestre anterior, de outubro a dezembro do ano passado, a alta é de 7%, quando o banco registrou 5.830 bilhões de ganhos.
O crescimento foi motivado pelo aumento nos empréstimos. A carteira de crédito do banco atingiu 548,3 bilhões de reais, um acréscimo de 3,1% em relação ao final de 2018, com expansão dos empréstimos para pessoas físicas e jurídicas. O Bradesco prevê que sua carteira de crédito crescerá entre 9% e 13% em 2019.
A redução das despesas com provisão para crédito também impulsionou o resultado do banco. Os gastos com provisão caíram 8,4% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
O Bradesco fechou março com 1,388 trilhão de reais em ativos totais, cifra 6,5% superior em um ano, quando estava em 1,304 trilhão de reais. Na comparação com dezembro, de 1,386 trilhão de reais, a alta foi de 0 2%.
O patrimônio líquido do Bradesco alcançou 126,674 bilhões de reais no primeiro trimestre, crescimento de 11,3% em um ano e de 4,6% na comparação com os três meses anteriores. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) foi a 20,5% no fim de março, melhora de 0,8 ponto porcentual ante dezembro, de 19,7%, e 1,9 p.p. em um ano, de 18,6%. “É o mais elevado dos últimos 15 trimestres”, destaca o banco.
Economia mais devagar
No relatório com a divulgação dos doados, o banco destaca o fato de os primeiros indicadores de atividade econômica de 2019 terem apresentado resultados menores do que o esperado, deixando a economia mais lenta.
As condições para uma aceleração do crescimento, na visão do Bradesco, continuam presentes, com inflação e juros em patamares baixos e expansão do crédito com taxas de inadimplência reduzidas. “A aprovação da proposta da Nova Previdência nos próximos meses constitui condição fundamental para reequilíbrio das contas públicas no médio prazo, com importante impacto na confiança dos agentes econômicos e, consequentemente, retorno de investimentos privados”, atenta o banco, no documento.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)