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Em crise financeira, Avianca cancela mais de 1.300 voos até dia 28

Os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, de Brasília e do Galeão, no Rio de Janeiro, são os mais prejudicados

Por Estadão Conteúdo 20 abr 2019, 12h20
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  • A Avianca atualizou a lista de rotas afetadas com a devolução de aviões em meio à crise financeira da companhia aérea. Já são mais de 1.300 voos cancelados entre a última sexta-feira, 19, e o domingo da próxima semana, dia 28 de abril. Guarulhos, em São Paulo, Brasília e Galeão, no Rio de Janeiro, são os aeroportos mais prejudicados. Ao contrário, Congonhas, na capital paulista, e Santos Dumont, no Rio, praticamente não têm cancelamentos.

    De acordo com a lista atualizada nesta manhã, a Avianca cancelará 374 partidas e 372 pousos no aeroporto de Guarulhos até o próximo dia 28. O terminal paulista é o mais prejudicado no País. Em Brasília, foram suspensas 133 partidas e outras 133 chegadas. No Galeão, são 115 partidas e 117 pousos cancelados. Por outro lado, só há previsão de três pousos e três decolagens canceladas em Congonhas. No caso do Santos Dumont, não haverá nenhum embargo. O quadro indica o esforço da empresa em proteger os serviços nos dois aeroportos mais concorridos do Brasil.

    Outros aeroportos brasileiros também foram prejudicados com cancelamento de voos da Avianca: Aracaju (SE), Belém (PA), Campo Grande (MS), Chapecó (SC), Confins (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE), Maceió (AL), Natal (RN), Navegantes (SC), Petrolina (PE), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e Vitória (ES).

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    O cancelamento de mais de 1.300 voos ocorre em meio à crise financeira da Avianca que, após negociação com empresas de leasing, concordou em devolver amigavelmente mais 18 aviões diante da falta de pagamentos. As aeronaves serão entregues de forma escalonada a partir da próxima segunda-feira, 22. Desde o primeiro avião devolvido pela Avianca, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou que a empresa adapte sua malha aérea com a proibição de vender bilhetes para as rotas afetadas.

    Diante dessa crise da Avianca, os concorrentes travam uma grande disputa nos bastidores. Inicialmente, a Azul demonstrou interesse em comprar todos os ativos da aérea. Dias depois, Gol e Latam anunciaram acordo com os credores da Avianca para fatiamento e oferta em leilão de partes da aérea em dificuldade. Executivos da Azul acusam os dois concorrentes de agir contra o aumento da concorrência, especialmente em Congonhas, o aeroporto mais concorrido do Brasil.

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