A Eletrobras encerrou o terceiro trimestre com um prejuízo líquido de R$ 1,613 bilhão, revertendo lucro líquido de R$ 550 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 92% na mesma comparação, passando de R$ 2,249 bilhões para R$ 189 milhões. Já no critério “pro forma”, o Ebitda foi de R$ 1,748 bilhão, 18% maior que no mesmo período de 2017 – este dado exclui, entre outros itens, os planos de aposentadoria (PAE) e de demissão consensual (PDC), despesas com investigação, impairment (regra que determina a “deterioração” – ou seja, a necessidade de se avaliar ativos que geram resultados antes de contabilizá-los) e provisões para perdas em investimentos.
Em comentário da administração, a Eletrobras destaca que no trimestre realizou a venda de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), no valor de R$ 1,296 bilhão – foram 21 SPEs da holding e cinco da Chesf, por meio do leilão realizado em 27 de setembro. Já no caso da venda das distribuidoras Cepisa, Ceron, Eletroacre e Boa Vista Energia, pelo padrão IFRS a movimentação de dívidas e créditos ocorrerá no quarto trimestre.
A receita líquida ficou em R$ 8,936 bilhões, 0,5% acima do terceiro trimestre de 2017. O resultado financeiro da elétrica foi uma despesa de R$ 988 milhões (5,4% acima da registrada um ano antes, de R$ 938 milhões).
Em nove meses, a Eletrobras Holding obteve lucro líquido de R$ 1,230 bilhão, 45% menor do que em igual intervalo do ano anterior, influenciado por resultado de participações societárias, de R$ 4,157 bilhões; passivo a descoberto em controladas no valor de R$ 2,104 bilhões (Amazonas Energia Distribuição, com R$ 1,616 bilhão; CGTEE com R$ 563 milhões; e Eletronuclear, com R$ 316 milhões); provisões para contingências judiciais de R$ 1,883 bilhão e atualização monetária de empréstimos compulsórios, de R$ 458 milhões.