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Eletrobras abrirá plano de demissão para 2.400 funcionários

Presidente da estatal admite que venda da Amazonas Energia pode atrasar se projeto de lei não for aprovado a tempo pelo Senado

Por Ana Paula Machado
Atualizado em 10 set 2018, 19h27 - Publicado em 10 set 2018, 17h01
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  • O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, disse que a privatização da companhia é um tema que terá de estar na agenda de qualquer candidato que ganhar a eleição presidencial em outubro. De acordo com ele, a estatal tem feito um trabalho para melhorar a sua eficiência, reduzindo a sua dívida. Ferreira também anunciou um novo plano de demissão, com previsão de adesão de 2.400 funcionários.

    “Em 2015, a dívida bruta da Eletrobras era maior que o seu patrimônio líquido, ou seja, era necessário fazer essa reestruturação para a companhia seguir. Agora, temos de trabalhar essa privatização, pois irá melhorar a nossa capacidade de investimento”, disse.

    Segundo ele, a capacidade atual de investimento da Eletrobras é de 4 bilhões de reais por ano, e o ideal é fazer um aporte de 14 bilhões de reais por ano.

    “Então, esse é o desafio para o próximo presidente da República. Hoje, mesmo com a Eletrobras arrumada, ela não consegue investir o que é necessário. Por isso o processo de capitalização (privatização) é importante”, afirmou Ferreira.

    Em 2016, quando o executivo assumiu a presidência da empresa, a estatal empregava 24.000 pessoas. Este ano, com a venda das distribuidoras e a abertura de planos de demissões voluntárias, a companhia terá 12.000 funcionários.

    “Tivemos um plano de demissão, que chamamos de consensual, com a adesão de cerca de 3.000 pessoas, e, agora em outubro, vamos abrir outro processo e a expectativa é de que 2.400 empregados aceitem a nossa proposta. Esse é o número que temos a mais em nosso quadro”, disse Ferreira, acrescentando que o custo para esse novo processo será de 1 bilhão de reais.

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    Amazonas Energia

    Ferreira disse também que o leilão da Amazonas Energia, marcado para 26 de setembro, pode ser adiado caso o projeto de lei (PL) que garante a venda da companhia de distribuição do Amazonas não seja aprovado no Senado a tempo.

    “Se houver algum atraso, não será longo. Se o PL for aprovado em outubro, ainda haverá tempo hábil para transferir a empresa para o novo controlador. Na Celg, por exemplo, concluímos em setenta dias. Então, há um prazo para que essa venda aconteça”, disse Ferreira.

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    Nos últimos anos, a Amazonas Energia acumulou prejuízos de mais de 10 milhões de reais. “Se o leilão não ocorrer, haverá a liquidação, o que não é bom nem para os investidores nem para os funcionários. Essa não é uma boa opção para ninguém”, afirmou Ferreira.

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