O dólar turismo fechou esta segunda-feira (13) cotado a 4,06 reais nas corretoras e casas de câmbio. Na compra com cartão pré-pago, a cotação pode chegar a 4,35 reais. Em ambas as modalidades, já está incluso o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“O preço de referência do dólar turismo é o comercial. Se o preço dele sobe, o turismo acompanha”, explicou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
A alta da moeda é reflexo das preocupações com a situação financeira da Turquia. Na sexta-feira, o presidente americano Donald Trump elevou as tarifas do aço e alumínio para o país. Desde o início do ano, a lira turca acumula desvalorização de 40%. O país anunciou medidas para reforçar seu sistema financeiro.
“Como a Turquia é um emergente, sua situação repercute em outros países”, disse Galhardo. Segundo ele, há o temor de que a Turquia não consiga contornar sua crise interna e o problema se alastre para outros emergentes.
Segundo Glauci Lima, gestora da área de turismo da Fair Corretora, a falta de acordo comercial entre Trump e a China é outro fator que influencia o câmbio. Além do cenário externo, as eleições presidenciais também preocupam o investidor neste momento. “O dólar só vai conseguir se estabilizar depois das eleições brasileiras”, disse ela.
Para Galhardo, a situação eleitoral é conturbada. “Os candidatos pró-mercado não deslancham”, explicou. Os presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) são os nomes que mais agradam o mercado, de acordo com ele.
Com o dólar mais caro, dividir a compra da moeda americana em parcelas é uma forma para diluir o efeito da alta. “Se o consumidor tem tempo, ele pode comprar o dólar em pequenas parcelas até completar o valor que precisa”, diz Gualhardo.
O especialista em câmbio da Icap do Brasil, Ítalo Santos, afirma que não existe uma data específica para comprar dólar. “Se a moeda está em queda, não espere que ela caia mais. Aproveite o momento para comprar.”