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Dólar turismo é vendido por até R$ 3,82 em casas de câmbio

Dica para driblar a valorização da moeda é fazer compras fracionadas

Por Gilmara Santos
Atualizado em 9 Maio 2018, 14h47 - Publicado em 9 Maio 2018, 12h36
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  • A escalada na cotação do dólar está preocupando brasileiros com viagem marcada para o exterior. A moeda americana na manhã desta quarta-feira 9 era vendida por até 3,78 reais nas casas de câmbio – sobre esse valor incide mais 1,10% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Considerando o imposto, a moeda pode sair por até 3,82 reais.

    O dólar comercial, por sua vez, bateu a marca de 3,60 reais na manhã desta quarta-feira, com valorização de 0,87%, a maior cotação desde maio de 2016. O resultado é reflexo da tensão nos mercados externos com a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, aumentando os riscos geopolíticos e que podem influenciar o fluxo de capital no mundo.

    Para especialistas, os viajantes devem fazer compras semanais ou mensais da moeda para diluir o efeito dos aumentos. “Se a pessoa está com viagem programada para os próximos dias, não há muito que fazer. Mas se tem um pouco mais de tempo, com viagem para as férias de julho ou dezembro, o ideal é fracionar a compra para reduzir as perdas”, sugere o professor Joelson Sampaio, da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP).

    “O dólar turismo segue a tendência de alta, no entanto, o viajante não deve fazer disso um grande empecilho para o seu passeio, porque a diferença no total gasto agora em relação a algumas semanas não será tão grande assim”, calcula o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo.

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    Outra dica é pesquisar os preços, já que há diferença entre as casas de câmbio. Levantamento feito pela VEJA apurou variação entre 3,75 reais e 3,82 reais, ambos com IOF.

    É necessário ainda cautela no uso do cartão de crédito no exterior, já que não se sabe ao certo qual será a cotação da moeda no fechamento da fatura. Em relação aos cartões pré-pagos, pode ser uma boa alternativa do ponto de vista de segurança, mas é necessário atenção porque o IOF, neste caso, é de 6,38%.

    Além da tensão entre Estados Unidos e Irã, a expectativa de alta dos juros americanos, a crise cambial na Argentina, que na terça-feira pediu ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI), e o cenário político brasileiro contribuem para que a moeda siga tendência de alta para os próximos meses.

    “O dólar está hoje em outro patamar, acredito que não teremos tão cedo cotações entre 3,30 reais e 3,40 reais, para o comercial. A moeda deve ficar entre 3,50 reais e 3,60 reais”, considera Galhardo.

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