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Dólar sobe 0,8% e bolsa cai 1,1% com adiamento da reforma da Previdência

Dólar vai a R$ 3,93 e Ibovespa recua aos 93 mil pontos; votação na CCJ está prevista para acontecer só na terça-feira, 23

Por Clara Valdiviezo Atualizado em 17 abr 2019, 19h22 - Publicado em 17 abr 2019, 19h08
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  • O adiamento da votação da admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 17, abalou o mercado financeiro. O dólar subiu 0,83%, negociado a 3,93 reais em seu valor de venda, a maior cotação em três semanas. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, teve queda de 1,11%, fechando aos 93.284,75 pontos.

    A reunião que pretendia votar a constitucionalidade da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Bolsonaro foi adiada para terça-feira, 23, às 14h30, a pedido do próprio relator do texto. O mercado financeiro vê o adiamento como uma derrota para o governo.

    O líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO), não estava presente na reunião da CCJ, assim como a liderança da maioria, grupo majoritário que está associado ao governo. Essas ausências permitiram que os líderes da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), e da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), falassem sozinhos.

    O relator da proposta na comissão, o delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), também ficou ausente da reunião,; segundo o presidente da CCJ, Felipe Fransischini (PSL-PR), Freitas estava negociando ajustes no relatório.

    A ausência dos nomes a favor da proposta permite que a oposição tenha vantagem. “Falta coordenação e articulação para sair dessa lentidão”, afirma o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira.

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    Essa primeira votação deveria ser a parte mais rápida do processo, por ser somente a avaliação da constitucionalidade do projeto, de acordo com o diretor de câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo. “Se o governo está tendo dificuldade aqui, imagina quando forem discutir o mérito da reforma da Previdência. Temos problemas pela frente”, afirma. 

    Segundo Bergallo, os indicadores econômicos não são mais pautados pela economia, e sim pelo cenário político. “Os investidores estrangeiros não vão colocar dinheiro em um cenário tão caótico.”

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