O dólar comercial fechou em estabilidade, cotado a 5,05 reais nesta terça-feira, 2. A moeda variou ligeiramente para baixo, com redução de 0,02% na comparação com a última segunda-feira. O pregão foi influenciado pelo leilão de swap cambial do Banco Central, o primeiro desde o final de 2022. O Ibovespa fechou em alta de 0,4%, aos 127,5 mil pontos, recuperando perdas da véspera.
No início da sessão, a moeda americana chegou a recuar para 5,02 reais, mas se aproximou da cotação da véspera ao longo do dia.
Nesta terça-feira, o BC anunciou até 1 bilhão de dólares em contratos de swap cambial na sessão. A prática tem efeito equivalente à venda de dólares no mercado futuro e não envolve as reservas de moeda estrangeira do país. Em março, a moeda americana se valorizou 0,86% em relação ao real. Na última segunda-feira, a alta foi de 1%.
Com dados aquecidos da economia americana e uma aposta na estabilidade na taxa de juros dos Estados Unidos pelo menos até junho, o dólar ganha força em relação a outras moedas, em especial as emergentes. Isso acontece porque os investidores preferem colocar o dinheiro em títulos do governo americano, os Treasuries, considerados o investimento mais seguro do mundo. A alta da moeda americana também tem relação com a proximidade dos vencimentos de títulos atrelados ao dólar aqui (NTN-A), em 15 de abril.
A estabilidade do câmbio por aqui destoou do comportamento do dólar lá fora, que perdeu terreno para os pares e também para divisas de emergentes, na esteira da valorização das commodities. No fim da tarde, o dólar recuava 0,4% frente ao peso mexicano, 0,9% ante o peso chileno e 0,8% em relação ao peso colombiano.
Economia aquecida
Nesta terça. o mercado repercutiu novos dados dos EUA. As encomendas à indústria subiram 1,4% em fevereiro, enquanto o número de vagas de emprego disponíveis, medidas pelo relatório Jolts, ficou quase estável. Nesta semana, os dados mensais do mercado de trabalho, do relatório payroll, também são aguardados. Por ora, o mercado vê chance de 62% de o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) cortar os juros em 0,25 ponto percentual em junho, de acordo com a ferramenta FedWatch. Para a reunião de maio, a expectativa é de estabilidade.