O dólar caiu 0,9% nesta segunda-feira, 3, e fechou negociado, em média, a 3,89 reais para venda, num dia de fraqueza global para a moeda americana em meio ao aumento de apostas de corte de juros, em breve, nos Estados Unidos. Foi a menor cotação desde 15 de abril, quando a moeda foi negociada, em média, a 3,87 reais.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou estável, em 97.020 pontos, com leve queda de 0,01%. O volume financeiro somou 14,3 bilhões de reais. O índice terminou o mês passado com alta de 0,7%, o primeiro fechamento positivo para o mês desde 2009.
O cenário doméstico, com expectativa de votação das medidas provisórias do governo, também tem ajudado a baixar o dólar do patamar dos 4 reais, segundo especialistas. “Essa possibilidade de derrubada de juro americano causa medo. Cai juro americano, aumenta o interesse pelo juro brasileiro. Com o juro americano mais baixo, o pessoal vai procurar operações com mais rentabilidade, e o Brasil volta para essa rota, apesar do descrédito pelo qual o país está passando”, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
O mercado começou este mês atento às votações de medidas provisórias no Congresso Nacional, tendo no radar as últimas semanas de análise da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, com relatório final previsto para até o dia 15.
Entre as votações, está a da MP 871, que perderá a validade se não for aprovada no Senado nesta segunda-feira. Ela trata do combate às fraudes no INSS, e o governo a vê como importante e complementar à reforma da Previdência.
(Com Reuters)