O dólar operava com alta nesta segunda-feira, após tocar o patamar de 3,91 reais na máxima da sessão, com a situação da Turquia mantendo a aversão ao risco nos mercados globais, em especial nos de países emergentes.
Às 12h49, o dólar avançava 1,21%, a 3,9107 na venda, depois de acumular ganhos de mais de 4%. Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,9168 reais.
“A preocupação se refere à exposição de bancos da zona do euro aos títulos turcos. Isso mesmo com o banco central turco estabelecendo medidas emergenciais”, afirmou, em relatório, o economista-chefe do Home Broker ModalMais, Alvaro Bandeira.
A lira turca despencando frente ao dólar neste pregão, já tendo recuado mais de 40%, devido às preocupações com a influência do presidente turco, Tayyip Erdogan, sobre a economia, suas repetidas solicitações por taxas de juros mais baixas e o agravamento dos laços com os Estados Unidos.
Nesta sessão, o banco central turco diminuiu as taxas de depósitos compulsórios para os bancos, além de se comprometer a fornecer liquidez necessária para os bancos e tomar todas as medidas necessárias para manter a estabilidade financeira, mas o mercado seguia nervoso.
O temor de que a crise turca se espalhe pelos países emergentes fazia com que o dólar subisse frente ao rand sul-africano e ao peso mexicano.
Internamente, com a agenda esvaziada, os investidores mantinham o foco na cena eleitoral doméstica, nesta semana em que os candidatos à Presidência têm de registrar suas candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de setembro, no total de 5,255 bilhões de dólares.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.