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Dólar abre em queda após alta dos juros no Brasil e corte nos EUA

Moeda é negociada a R$ 5,42, em queda de 0,8%. Mercado reage à decisão monetária doméstica e também da maior economia do mundo. Bolsas globais avançam

Por da Redação
Atualizado em 19 set 2024, 10h33 - Publicado em 19 set 2024, 09h40

Após a superquarta, chega a quinta-feira, com investidores digerindo as decisões de juros e analisando comunicados em busca de mais pistas sobre a política monetária. Nesta quinta-feira, 19, os mercados amanheceram de bom humor.

O dólar comercial abre o dia em queda em queda, negociado a 5,44 reais por volta das 10h. A moeda americana abriu a sessão com uma redução ainda maior, vendida a 5,39 reais. Porém, após  a divulgação dos dados de auxílio-desemprego nos EUA, reduziu a queda.

Segundo o Departamento de Trabalho americano, os pedidos caíram para 219 mil na última semana, o dado veio abaixo do consenso do mercado, que esperava queda de 230 mil, isto é, uma redução mais forte do emprego. Após a divulgação, o rendimentos dos Treasuries e o índice DXY se fortaleceram.

Já a bolsa de valores de São Paulo abre em alta. Por volta das 10h30, o Ibovespa avançava 0,4%, aos 134,2 mil pontos. Ao longo do dia, o mercado brasileiro tende a acompanhar a boa onda global, com bolsas asiáticas e europeias em alta e os futuros americanos também subindo.

Ontem, o Fed entregou uma redução de 0,50 ponto percentual na taxa de juros, que agora está no intervalo entre 4,75% e 5% ao ano. E, pela indicação dos dirigentes, o BC americano poderá reduzir os juros em outro 0,50 ponto percentual até o final do ano.  O Fed se reúne mais duas vezes até a última folha do calendário cair.

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No Brasil, o movimento foi contrário: o Copom subiu a taxa Selic em 0,25 ponto percentual e deixou a porta aberta para mais alta. A composição com o cenário americano, no entanto, tende a criar um momento benigno, explica o economista André Perfeito. “A resultante líquida de uma alta de juros aqui somada a queda de juros nos EUA se encaminha para algo benigno no sentido de uma espécie de “contracionismo expansionista”, ou seja, a elevação de juros pelo BCB no curto prazo terá como efeito uma queda dos juros no longo prazo. Dito isso setores mais sensíveis aos juros longos podem se beneficiar da alta de ontem”, afirmou.

Juros

O dia é marcado por mais decisões de política monetária mundo afora:  O Banco da Inglaterra (BoE)  manteve a taxa de juros em 5% ao ano, em linha com a estimativa do mercado. O Banco Central da Turquia também manteve suas taxas, em 50% ao ano, também em linha com o previsto por analistas.

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