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Discurso aproxima Lula de caminhoneiros nas críticas a Bolsonaro

Ex-presidente e pré-candidato em 2022 criticou novamente a estratégia de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras e alegou inércia de Bolsonaro

Por Renan Monteiro Atualizado em 17 jun 2022, 18h31 - Publicado em 17 jun 2022, 17h53
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  • O ex-presidente Lula (PT) em entrevista à Rádio Vitoriosa de Uberlândia (MG)
    (Ricardo Stuckert/Divulgação)

    Embora os caminhoneiros estivessem no centro da base eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que se aproxima, cada vez mais, do discurso defendido pela classe sobre a política de preços de combustíveis. Em encontro com representantes do setor cultural de Alagoas nesta sexta, Lula criticou novamente a Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras e alegou inércia do presidente Bolsonaro na revogação de tal política.

    A PPI foi adotada a partir de 2016, no Governo de Michel Temer, com a finalidade de recuperar a petrolífera dos prejuízos acumulados durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, quando foi utilizada a estratégia de segurar os preços dos combustíveis para baixar os níveis inflacionários no país. “Podemos lucrar com a Petrobras vendendo a nossa gasolina a preço e custo brasileiro e não subordinar ao preço internacional” disse Lula, sob aplausos da militância e alegando “perda de soberania” com a precificação internacional.

    Conforme os novos reajustes anunciados pelas Petrobras, a valerem a partir de sábado, a gasolina passa de 3,86 reais para 4,06 reais nas refinarias. Já o diesel sobe de 4,42 reais para 5,05 reais. A paridade internacional dos preços, na prática, é a indexação do preço do barril do petróleo cotado em dólar. Se lá fora está mais caro, necessariamente aqui também, já que se trata uma commodity de oferta e demanda global. Contudo, apesar de a Petrobras adotar a paridade, ainda existe certa defasagem em relação ao preço internacional. Afinal, os reajustes não são adotados em tempo real, de acordo com as oscilações dos preços da commodity nos mercados. Segundo a Abicom, até 13 de junho, a gasolina estava defasada em 14% e o diesel em 18%.

    Considerando essa discrepância, o mercado avaliou como insuficiente o anúncio do reajuste nesta sexta, na percepção do analista Wagner Varejão, da gestora Valor Investimentos. “O ideal seria que a Petrobras repassasse integralmente os preços praticados lá fora. Ou seja, quando o dólar e petróleo subirem, o ideal seria o repasse, pois caso contrário a empresa estaria praticando subsídio. Se chegar em determinado nível de defasagem dos preços, os importadores privados de combustível podem parar de operar, e o resultado é um problema de abastecimento”, analisa Varejão, que também considera grandes problemas para a empresa as constantes tensões entre ela e o governo Bolsonaro, sobretudo nas tentativas de influência do Poder Executivo junto à política de preços.  

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    Críticas a Bolsonaro

    Como os caminheiros, Lula aponta uma falta de empenho do presidente Bolsonaro em “revogar” a Paridade de Preço Internacional (PPI) do barril de petróleo. “Que tipo de presidente é esse? O cara já não consegue controlar o Orçamento da União porque criaram o orçamento secreto, não consegue mexer no preço da eletricidade, no preço do combustível, do gás de cozinha, do óleo diesel, porque diz que a Petrobras é quem manda”, destaca.

    No encontro, em uma fala de aproximadamente três minutos, o pré-candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin não se manifestou sobre a política de preços. Os comentários do ex-governador de São Paulo foram cercados de frases típicas de campanha, com as palavras-chave de sempre, incluindo críticas ao atual presidente. “Infelizmente o Bozo tirou o Brasil do mapa do mundo e colou no mapa da fome”, disse, utilizando o apelido que compara o presidente com o palhaço popular nos anos 1980.

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