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Dilma nega favorecimento ao BTG e acusa Palocci de mentir

Ministério Público e Polícia Federal investigam suposto vazamento de decisões da taxa Selic em reuniões do Copom entre 2010 e 2012

Por da Redação
Atualizado em 3 out 2019, 20h09 - Publicado em 3 out 2019, 20h00
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  • A ex-presidente Dilma Rousseff rechaçou as informações contidas na delação premiada de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil no próprio governo Dilma, que resultaram na operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal desta quinta-feira, 3, de busca e apreensão na sede do banco BTG Pactual, em São Paulo. A ação faz parte da operação “Estrela Cadente”, que investiga vazamentos de resultados da taxa básica de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) entre os anos de 2010 e 2012.

    “Não há provas que atestem a veracidade das informações prestadas pelo senhor Antonio Palocci à Polícia Federal. Ele mentiu e a imprensa continua a veicular suas acusações de maneira leviana”, afirmou Dilma, em comunicado. De acordo com a nota, não há provas que atestem que Dilma sabia ou tivesse autorizado o BTG Pactual a ter acesso a quaisquer informações sigilosas no âmbito do governo federal, inclusive relativas às informações do Copom.

    Dilma, que esteve na Presidência de janeiro de 2011 a agosto de 2016, período que inclui parte da investigação da Polícia Federal, disse ainda, na nota, que “presidentes da República jamais participaram, atuaram ou interfeririam em reuniões do Copom ou do Banco Central”. A ex-presidente ainda afirma que o vazamento ocorre justamente quando pesam indícios de abusos e irregularidades cometidas por autoridades do Judiciário.

    De acordo com o Ministério Público Federal em São Paulo, a investigação apura o fornecimento de informações sigilosas sobre alterações na taxa básica de juros da economia, a Selic, por parte da cúpula do Ministério da Fazenda e do Banco Central, em favor de um fundo de investimento administrado pelo BTG Pactual. O banco informou, em nota, que recebeu pedidos de informação do MPF referente à operações realizadas pelo Fundo Bintang FIM, que foram devidamente respondidos.

    Segundo o banco, o fundo possuía como único cotista um profissional do mercado financeiro que também era o gestor credenciado na CVM. A instituição financeira sustenta que o cotista “nunca foi funcionário do BTG Pactual ou teve qualquer vínculo profissional com o banco ou qualquer de seus sócios”. Ainda segundo a nota, o BTG informa que exerceu apenas o papel de administrador do referido fundo, “não tendo qualquer poder de gestão ou participação no mesmo”.

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    Podcast Traumann Traduz

    Thomas Traumann analisa as operações da Polícia Federal contra bancos

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