A taxa de desemprego é maior entre negros e pardos do que entre os brancos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego entre a pessoas que se declararam de cor preta foi de 14,4% no quarto trimestre de 2016. Entre a população parda, foi de 14,1%.
Essas duas taxas são superiores à média nacional, de 12%, e estão bem acima do desemprego registrado entre os que declararam de cor branca (9,5%).
No primeiro trimestre de 2012, início da série histórica da Pnad Contínua, a taxa de desemprego nacional foi estimada em 7,9%. A taxa entre a população que se declarava de cor preta era de 9,7%; de 9,1% entre os pardos, e 6,6% entre os brancos.
Emprego doméstico
A pesquisa mostrou também que a proporção de empregados domésticos com carteira assinada caiu para 31,9% no quarto trimestre de 2016. Um ano antes, o total de empregados domésticos com carteira assinada era de 33,3%.
“A crise também afetou a patroa. Você está com rendimento mais baixo e se tiver empregado doméstico cinco vezes na semana vai ter que pagar todos os direitos, vai ter um custo maior. Então você entra em acordo, vai ter a empregada doméstica só duas vezes na semana, porque aí não cria vínculo. Então ela trabalha como diarista”, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A proporção de empregados domésticos trabalhando sem carteira assinada saiu de 66,7% no quarto trimestre de 2015 para 68,1% no quarto trimestre de 2017.