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‘Conselhinho’ mantém condenação de ex-presidente do Panamericano

Palladino precisará pagar a multa de 877.200 reais prevista na condenação original de novembro de 2013

Por Da redação
Atualizado em 20 abr 2017, 10h35 - Publicado em 19 abr 2017, 15h56
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  • Documentos internos do BC anexados aos processos que apuram as fraudes de 4,3 bilhões de reais no banco mostram que os técnicos da instituição começaram a desconfiar do Panamericano em maio
    Documentos internos do BC anexados aos processos que apuram as fraudes de 4,3 bilhões de reais no banco mostram que os técnicos da instituição começaram a desconfiar do Panamericano em maio (Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress/VEJA)

    O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) manteve a condenação de Rafael Palladino, ex-presidente do banco Panamericano, por ter vendido ações da instituição em 2010 fazendo uso de informações privilegiadas. Com a decisão do órgão, conhecido como “Conselhinho”, Palladino precisará pagar a multa de 877.200 reais prevista na condenação original de novembro de 2013, de responsabilidade da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

    Palladino e a então diretora de Controle da Holding do Grupo Silvio Santos, Sandra Regina Medeiros Braga, entraram na mira da CVM em 2010, após o Panamericano ser socorrido com 2,5 bilhões de reais pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Na época, o banco, ainda ligado ao Grupo Silvio Santos, precisou de ajuda para não quebrar, em função de fraudes contábeis.

    O fato relevante anunciando o aporte do FGC foi publicado em 9 de novembro daquele ano, o que fez as ações da instituição despencarem posteriormente. No entanto, dois meses antes, em 8 de setembro de 2010, o Banco Central já havia solicitado à instituição os primeiros esclarecimentos sobre as divergências contábeis identificadas.

    Naquele dia, os inspetores do BC haviam se reunido com Palladino. No dia 22 de setembro, foi a vez de o Conselho de Administração do Panamericano solicitar levantamento completo sobre as ocorrências.

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    Entre 8 de setembro, quando o BC solicitou informações pela primeira vez, e 9 de novembro de 2010, quando o fato relevante deu publicidade às dificuldades do banco, a empresa Max Control Assessoria e Investimentos Ltda, que tem Palladino como sócio, vendeu um total de 85.000 ações do Panamericano. De acordo com a acusação, o executivo utilizou as informações privilegiadas que tinha e evitou uma perda de 292.400 reais com a venda antecipada dos papéis.

    Condenado pela CVM a pagar o equivalente a três vezes este valor, Palladino recorreu no início de 2014 ao “Conselhinho” – órgão da estrutura do Ministério da Fazenda e que funciona como instância de recursos contra decisões proferidas por CVM, BC e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

    Em sua defesa, Palladino alegou, entre outras coisas, que o fato relevante não era conhecido na época e que a venda de ações ocorreu para saldar dívidas emergenciais com empreiteiros e fornecedores contratados para reformar sua residência.

    A conselheira Adriana Cristina Dullious ficou com a relatoria do recurso, negado na terça-feira na sessão do “Conselhinho”.

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    Na manhã desta quarta-feira, 19, a Polícia Federal deflagrou a Operação Conclave, que investiga a aquisição, possivelmente fraudulenta, de ações do Panamericano pela Caixapar, ligada à Caixa Econômica Federal, no fim de 2009. Posteriormente, em 2010, o FGC precisou socorrer o Panamericano e, em 2011, o BTG Pactual, de André Esteves, comprou o controle da instituição. Esteves também teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados hoje, na operação Conclave.

    Procurado, o Pan informou que ‘o assunto se refere a um ex-administrador do banco e não está relacionado com a atual administração”. A reportagem não localizou o executivo.

    (Com Estadão Conteúdo)

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