O brasileiro é o que menos confia no mercado de trabalho e no surgimento de oportunidades de emprego. Isso é o que mostra o Índice de Confiança Profissional realizado pela consultoria de recrutamento Michael Page em 37 países.
A expectativa dos brasileiros de encontrar uma oportunidade de emprego em menos de três meses é de 54%, abaixo da média global (64%). Os mais confiantes em arrumar ocupação neste período são os profissionais dos Emirados Árabes (83%), Catar (80%) e Índia (77%). Bem mais pessimistas que os do Brasil são os da Alemanha (50%), Suíça (45%) e Itália (30%).
A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, mostrou que 3,16 milhões de brasileiros procuram emprego há mais de 2 anos. É o maior número da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Depois de tanto tempo desempregado, muitos acabam desistindo. No segundo trimestre, 4,8 milhões se encontravam em situação de desalento, quando desistem de buscar ocupação porque não acreditam ou não têm mais dinheiro para se candidatar a novos postos.
Quando questionados pela Michael Page se o mercado de trabalho está favorável, o índice de confiança dos brasileiros é o pior dos profissionais dos 37 países pesquisados: 25%, bem abaixo da média global (61%). Os mais confiantes são os trabalhadores dos Estados Unidos (87%), Canadá (84%) e Alemanha (84%). Os menos confiantes, antes do Brasil, são Espanha (34%), Itália (33%) e Turquia (32%).
Já a proporção de brasileiros que acredita que receberá uma promoção neste ano supera a média global: 68% contra 61%. Mesmo assim, o brasileiro está longe dos mais otimistas do ranking: os profissionais da China (82%), Índia (76%) e Emirados Árabes (75%). Os últimos da lista são os da Itália (45%), Polônia (44%) e Japão (38%).
Questionados se acreditam que vão receber aumento de salário nos próximos 12 meses, os brasileiros ficam em 20º lugar no ranking, com um índice de 56% – pouco menor que a média global de 60%. Os mais confiantes são os profissionais da Índia (80%), Indonésia (78%) e Tailândia (77%). Os menos confiantes são os da Suíça (44%), Portugal (42% e Holanda (41%.
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