O relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-CE), apresentará nesta quarta-feira a proposta de lei para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a partir das 10 horas. Na última segunda-feira, o senador afirmou que a proposta deve ser aprovada nessa nova votação por 16 votos a 10.
Na semana passada, a oposição impôs ao governo importante derrota na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), quando o relatório foi rejeitado por 10 votos a 9. Em seguida, os senadores aprovaram o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), que é uma espécie de reforma trabalhista alternativa e pede a rejeição do relatório de Ferraço.
Em vez da proposta original, Paim sugere uma reforma, segundo ele, que preserva os direitos dos trabalhadores sem precarizar a mão-de-obra.
Mesmo com a derrota, a tramitação da reforma segue sem alterações. Na última terça-feira, o líder da bancada do PMDB, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu que a votação da reforma trabalhista seja adiada para a próxima semana.
Segundo Renan, o governo não pode obrigar o Senado a votar “da noite para o dia” a reforma trabalhista. O senador ainda lamentou o conteúdo da proposta, apontando que a reforma retira direitos do trabalhador, e fez críticas à condução política e econômica do presidente da República, Michel Temer. ” Precisamos de uma reforma trabalhista que atualize a legislação e de uma reforma das aposentadorias que viabilize a Previdência Social para a próxima geração”, disse ele.
Nesta quarta-feira o relatório será analisado pelo plenário da CCJ. Com as críticas, o senador Romero Jucá disse que o governo se comprometeu a fazer os ajustes, seja por veto ou por meio de uma MP. Ele também negou que a proposta tire direitos do trabalhador e afirmou que, na verdade, a reforma vai gerar empregos.
Acompanhe a votação da reforma trabalhista ao vivo:
(Com Agência Senado)