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Com aporte de US$ 62 milhões, plataforma de Bitcoin se expande ao Brasil

Bitso recebeu recursos de investidores do Nubank e Creditas; aposta que, em cinco anos, o país vai liderar em pagamentos em criptomoedas na América Latina

Por Luisa Purchio Atualizado em 23 fev 2021, 10h00 - Publicado em 9 dez 2020, 01h46
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  • A plataforma de criptomoedas Bitso, que possui um milhão de usuários e com forte atuação na América Latina, recebeu uma rodada de investimentos no valor de 62 milhões de dólares. O foco de avanço está em expandir sua atuação no Brasil, onde inaugurou uma operação no dia 2 de dezembro. Os responsáveis pelo aporte são os fundos QED Investors e Kaszeck Ventures, que já investiram em startups de sucesso como Nubank, Creditas, QuintoAndar e Kavak.

    A aposta da empresa que hoje atua majoritariamente no México, onde detém um volume de 150 BTC, é que em cinco anos o Brasil ocupará o topo dos países da região no ramo de criptomoedas. “O país possui a maior economia por ter a maior população, mas alguns outros países da região têm economias em criptomoedas maiores que ele”, disse a VEJA Daniel Vogel, CEO da Bitso. A projeção é que aconteça no Brasil o mesmo que ocorreu na Argentina, onde a empresa atua desde fevereiro deste ano e já detém 77% do participação de mercado no país.

    Regulamentado pela Comissão de Serviços Financeiros de Gibraltar (GFSC, na sigla em inglês), a empresa que foi fundada em 2014 por Ben Peters, Daniel Vogel e Pablo Gonzalez operará no país por meio da plataforma Bitso Alpha, que trabalha com moedas como Bitcoin, Ether, XRP e stablecoins como BUSD, HUSD, PAX e USDC.

    Essa é a primeira vez que QED Investors e Kaszeck Ventures investirão em criptomoedas, ramo em plena expansão após o aumento das transações financeiras digitais em 2020. A busca por ativos como Bitcoin tem como atrativo o fato de serem desvinculados do controle por entidades governamentais, algo que entrou no radar neste ano por conta da pandemia. O dólar, por exemplo, se desvalorizou ao longo do ano devido ao aumento de sua liquidez com os estímulos adotados pelo Federal Reserve.

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    As criptomoedas estão em plena expansão, mas ainda dependem de regulamentações importantes. Plataformas como o Facebook e o WhatsApp Pay, por exemplo, não foram autorizadas pelo Banco Central do Brasil para poderem realizar pagamentos em moedas digitais. Essa liberação é aguardada com ansiedade pelas empresas do mercado. “É parte dos planos futuros e das ambições. O WhatsApp é uma plataforma muito poderosa em termos de distribuição, mas ainda não está claro o que eles estão autorizados a fazer”, diz Vogel. “No momento, não há planos para fazer isso, e queremos manter as plataformas separadas até que o regulador se sinta confiante.”

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