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C6 Bank capta mais de R$ 1 bi e foca no aumento da base de clientes

Com nova rodada, fintech é avaliada em R$ 11,3 bi; empresa tem hoje 4 milhões de clientes e concorre com bancos digitais e tradicionais por desbancarizados

Por Diego Gimenes
Atualizado em 4 dez 2020, 15h52 - Publicado em 2 dez 2020, 18h41
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  • O sistema bancário brasileiro passa por transformações que chacoalham o mercado como um todo. A chegada das fintechs trouxe mais rapidez, agilidade e economia para os clientes, além de ter colocado os bancos tradicionais contra a parede, uma vez que elas tornaram possível abrir contas correntes sem taxas de manutenção e com pouca, ou quase nenhuma burocracia, bastando apenas um cadastro no aplicativo de celular. Tanto que o crescimento dessas empresas é notório. Nesta quarta-feira, 2, o C6 Bank, captou mais 1,3 bilhão de reais em uma rodada de investimentos, gerenciada pelo Credit Suisse e que contou com mais de 40 investidores privados. Com o anúncio, a fintech passou a ser avaliada em 11,3 bilhões de reais.

    A instituição recebeu licença do Banco Central (BC) para operar como banco múltiplo em janeiro de 2019 e logo no primeiro ano de operação alcançou a marca 1 milhão de clientes — a fintech que mais rapidamente chegou a esse patamar. Hoje, já contabiliza mais de 4 milhões de contas abertas, o que garante sua presença em 99,7% dos municípios brasileiros. Com sede em São Paulo, o C6 Bank tem cerca de 5 bilhões de reais em ativos totais, e a carteira de crédito para pessoas físicas e jurídicas ultrapassa a barreira dos 4 bilhões. “Esse aumento de capital nos permite acelerar o crescimento do banco. Continuaremos investindo para aumentar a base de clientes, completar o desenvolvimento da plataforma de investimentos e avançar em novas linhas de negócio”, diz Marcelo Kalim, CEO do C6 Bank.

    O grupo conta com 1.400 colaboradores, 325 consultores empresariais e uma rede de distribuição para pessoas físicas com 12.000 correspondentes bancários. Com sede também nas Ilhas Cayman, permite aos afiliados contarem com produtos e contas internacionais, além de cartões de débito em dólar ou euro.

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    O número de clientes das fintechs não para de subir, sobretudo entre jovens e pessoas até então desbancarizadas. O sopro de tecnologia fez com que os bancões tivessem de se mexer. Itaú, Bradesco e Santander criaram ferramentas exclusivas para canais digitais, mas o crescimento das fintechs continuou expressivo. Concorrente do C6, o Nubank foi fundado em 2013 pelo empresário David Vélez. Com mais de 30 milhões de clientes no Brasil e expandindo suas operações para países como México e Colômbia, a fintech está avaliada em 10 bilhões de dólares (52,4 bilhões de reais).

    A competição pelo cliente bancário tende a se tornar ainda maior por conta de todos esses players. Ainda que a primeira fase do open banking, que vai garantir o compartilhamento de dados e informações financeiras entre as instituições, tenha sido adiada pelo Banco Central para fevereiro de 2021, é fato que em algum momento o projeto se tornará  realidade, o que vai impor mais dificuldades aos bancos considerados tradicionais na disputa com empresas com o DNA digital.

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