A empresa de alimentos BRF informou nesta quarta-feira, 20, que concedeu férias coletivas a 5.600 empregados de quatro fábricas no Sul do país, enquanto tenta ajustar a produção aos efeitos da greve dos caminhoneiros.
Cerca de 1.400 empregados na unidade de Chapecó, em Santa Catarina, terão férias coletivas de 30 dias. Já na unidade de Lajeado, no Rio Grande do Sul, aproximadamente 1.000 empregados da produção ficarão afastados por 10 dias.
Na fábrica de Concórdia, em Santa Catarina, as férias coletivas vão durar 12 dias e envolverão cerca de 1.700 colaboradores da produção de frangos. Por fim, a planta gaúcha de Serafina Correa terá aproximadamente 1.500 empregados em férias por 10 dias.
Além dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros, sente ainda os reflexos das restrições dos mercados externos aos produtos brasileiros.
Na semana passada, a empresa decidiu encerrar a produção de perus no município de Mineiros, em Goiás. O corte da linha de produção, que tinha como destino o mercado internacional, deve-se, basicamente, às restrições externas.
“Nós não vamos mais produzir peru em Mineiros. A decisão está tomada. Estamos concentrando essa produção em Chapecó, por questões de abertura de mercado”, disse o vice-presidente global de eficiência corporativa da BRF, Jorge Lima, após participação em uma audiência no Senado. “É uma questão mundial. Não tem mais onde vender. Não dá para continuar a produzir peru na quantidade que estamos produzindo sem ter mercado, com a Europa fechada.”