País registra 7º mês seguido de criação de vagas CLT, mas ritmo diminui
Em julho, foram 142 mil vagas, abaixo das 156 mil de junho; abertura de empregos formais neste ano é 28% menor que no mesmo período de 2022
O mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 142.702 carteiras assinadas em julho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego. É o sétimo mês consecutivo de criação de empregos formais. Porém, houve uma desaceleração em relação a junho, quando foram abertas 156 mil vagas.
No acumulado de janeiro a julho, o saldo do Caged é positivo em 1,166 milhão de vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 1,613 milhão de postos formais — uma queda de 28%. Durante o anúncio dos dados, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o governo mantém a projeção de geração de 2 milhões de vagas para este ano.
Segundo Marinho, o ritmo um pouco mais lento da criação de vagas reflete a escassez de crédito e os juros em patamares elevados “que atrapalham o encaminhamento da retomada da economia brasileira”. O otimismo do governo, porém, tem base no fator sazonal, já que o segundo semestre tradicionalmente apresenta mais contratações por causa de vagas temporárias de fim de ano. Além disso, o ministro destacou a retomada das obras do PAC e a nova fase do programa Minha Casa Minha Vida. “Os anúncios do governo apontam cenários de investimentos, algo positivo para a economia”, afirmou Marinho.
Julho
A resultado do mês passado foi novamente puxado pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 56.303 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 26.744 vagas. Já a construção civil gerou 25.423 vagas em julho, enquanto houve um saldo de 21.254 contratações na indústria geral. Na agropecuária, foram criadas outras 12.978 vagas no mês.