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Brasil cria 244 mil vagas formais em março

Houve desaceleração no ritmo de novos empregos CLT em relação ao mês passado, quando foram abertas 306 mil vagas

Por Larissa Quintino Atualizado em 8 Maio 2024, 12h48 - Publicado em 30 abr 2024, 09h51

O mercado de trabalho formal apresentou um saldo positivo de 244.315 novas carteiras assinadas em março, de acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho nesta terça-feira, 30. Em relação a fevereiro, houve uma desaceleração no ritmo de abertura de empregos CLT, quando o saldo foi de 306 mil.

O número considera 2,26 milhões de admissões e 2,01 milhões de desligamentos no mês. No acumulado do ano, o saldo do Caged é de 719.033 postos de trabalho novos, sendo positivo em todos os 5 grandes agrupamentos econômicos e em 25 das 27 Unidades da Federação. O aumento do saldo de vagas elevou o contingente de empregos formais para 46,2 milhões de trabalhadores, representando um incremento de 0,2%, em relação ao mês anterior.

Nesta terça-feira, o IBGE divulgou os dados de desemprego no país. A taxa ficou em 7,9% no primeiro trimestre, um crescimento de 0,5 ponto em relação ao trimestre encerrado em dezembro.

O crescimento de vagas formais medido pelo Caged e o aumento do contingente de desempregados são explicados pelas metodologias diferentes adotadas pelo Ministério do Trabalho e pelo IBGE. O Caged considera apenas os trabalhadores que têm carteira de trabalho assinada e são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ou seja, não são contabilizados trabalhadores sem carteira, que trabalham por conta própria, nem mesmo funcionários públicos. Os dados vêm dos registros que as empresas enviam ao governo em contratações e demissões e são relativos a um único mês.

Já a Pnad tem periodicidade trimestral e mostra um cenário mais amplo do mercado. A pesquisa do IBGE investiga todos os tipos de ocupação, formais e informais, além de trabalhadores por conta própria e funcionários públicos, e dá um retrato mais fiel do mercado de trabalho brasileiro. A amostra corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

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Caged

Segundo o Ministério do Trabalho, quatro dos cinco grupos de atividades econômicas tiveram abertura de vagas no período. O setor de serviços continuou a puxar o mercado formal, com saldo positivo de 148.722. O comércio avançou para 37.493; a indústria registrou 35.886 novas vagas; e a construção, 28.666. O resultado negativo veio da agropecuária, com 6.457 demissões.

O salário médio real de admissão em março foi de 2.081,50 reais, 5,25 reais a menos que o valor de fevereiro (2.086,75 reais).

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