O Bradesco (BBDC4) reportou lucro líquido recorrente de 4,7 bilhões de reais no segundo trimestre. O resultado é 12% maior que o do primeiro trimestre, e 4,4% superior ao do mesmo período de 2023. No acumulado do primeiro semestre, o lucro subiu 1,5%, para 8,9 bilhões de reais.
A carteira de crédito no segundo trimestre avançou 5% na comparação com 12 meses atrás, e somou 912,1 bilhões de reais. Entre abril e junho, a originação de crédito totalizou 84 bilhões de reais. Desse total, 34 bilhões foram gerados pelos canais digitais.
A provisão para devedores duvidosos (PDD) ficou em 7,3 bilhões de reais, com queda de 29,3% sobre o segundo trimestre de 2023. “A queda do PDD reflete o bom mix de nossa carteira de crédito”, afirmou Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, em coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira, 5.
A margem financeira líquida de 15,6 bilhões de reais recuou 5,9% sobre um ano atrás. A margem gerada com clientes foi de 15,3 bilhões, inferior aos 16,7 bilhões do segundo trimestre do ano passado. Com isso, a margem financeira com clientes, medida pela margem bruta dividida pelo spread bruto, recuou de 9,7% para 8,6%.
Noronha, no entanto, prefere destacar a evolução sobre o primeiro trimestre deste ano, quando a margem com clientes ficou em 14,5 bilhões de reais, e a margem foi de 8,5%. Ele lembra que, no primeiro trimestre, a grande dúvida dos analistas era se o Bradesco teria tração para recuperar suas margens. “Agora, ninguém mais está perguntando isso”, diz. “Entregamos uma melhora acima da média do mercado”.
Diante dos resultados reportados hoje, Noronha reforçou a confiança de que o banco cumprirá o guidance de 2024, com destaque para o lucro líquido implícito de 28,1 bilhões a 34,8 bilhões de reais, baseado na margem financeira líquida de 15,6 bilhões de reais obtida no primeiro semestre. “Tenho convicção de que vamos entregar mais do que isso”, disse aos jornalistas.
Os resultados foram bem recebidos pelos investidores. Num dia em que os mercados globais sangram e o Ibovespa recua mais quase 2%, as ações preferenciais do Bradesco subiam 2,13% por volta das 10h30, negociadas a 12,93 reais cada.