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Bolsonaro admite que Previdência pode ser aprovada sem capitalização

Em café da manhã com jornalistas, presidente disse que sistema pode ficar para um 'segundo turno' após a aprovação da reforma

Por Por Redação
Atualizado em 5 abr 2019, 14h44 - Publicado em 5 abr 2019, 12h06
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  • O presidente da República, Jair Bolsonaro, admitiu nesta sexta-feira, 5, em café da manhã com jornalistas que a proposta de capitalização prevista pela reforma da Previdência poderá não ser aprovada no Congresso Nacional.

    Segundo Bolsonaro, a discussão da proposta, uma das mais polêmicas, poderá ficar para um ‘segundo turno’ depois de aprovada a reforma da Previdência. “Minha sugestão é deixar menos complicado”, afirmou ele. “Vai ter reação. Eles (parlamentares) vão tirar”, acrescentou.

    A criação do chamado sistema de capitalização está prevista no texto da reforma da Previdência. Nesse modelo, as contribuições vão para uma conta individual que vai financiar a aposentadoria no futuro. Há garantia do benefício no valor do salário mínimo, caso o segurado não consiga financiar sua aposentadoria. Porém, as regras de como funcionaria a capitalização seriam enviadas posteriormente ao Congresso Nacional, em um projeto de lei.

    O presidente manifestou confiança na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência no Congresso, mas reiterou mais uma vez que “reforma boa é a que passa”. “O teto (idade) e o tempo de serviço são o mais importante”, disse Bolsonaro.

    Além da capitalização, o presidente reconheceu as dificuldades para aprovar as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que dá assistência social para idosos e deficientes pobres, e nas regras da aposentadoria rural.  Na semana passada, líderes de treze partidos da Câmara dos Deputados anunciaram que vetarão essas mudanças na reforma.

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    Sobre a possibilidade de desidratação da reforma, o presidente afirmou: “Tem que perguntar para o Rodrigo Maia.” Na quinta-feira, Bolsonaro realizou reuniões com várias lideranças dos partidos para negociar apoio.  “Não temos intenção de forçar a barra (com Congresso), com exceção da Previdência”, disse ele.

    (Com Estadão Conteúdo)

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