No mês de julho deste ano, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania divulgou a cartilha de apoio à Pessoa Idosa: enfrentando à violência patrimonial e financeira, que apresenta definições sobre como se pode entender e identificar a violência financeira e patrimonial contra o grupo etário.
De acordo com a própria pasta, a população idosa está mais suscetível a levar golpes que firam a sua integridade nesse aspecto através de redes sociais, e-mail e plataformas da internet no geral, visto que o seu contato com o meio digital foi tardio. O objetivo do material é informar, conscientizar, capacitar, promover a autonomia da pessoa idosa para, assim, enfrentar as violações de direitos humanos dessa parcela populacional.
Conheça os 15 principais golpes eletrônicos contra idosos
Bilhete Premiado
O golpista diz que ganhou na loteria como a Mega Sena e possui um bilhete premiado, mas não poderá receber o prêmio no banco. Então, ele oferece à vítima o direito ao prêmio, desde que ela pague um determinado valor pelo bilhete.
Bilhete falso
O criminoso acessa suas pesquisas feitas na internet e descobre quais são os interesses e preferências da vítima. Com isso, emite um boleto falso como boletos de viagens, consórcios, operadoras de telefonia, multas ou até boletos de igrejas e envia para o endereço eletrônico do indivíduo. Ao receber este boleto, a vítima não percebe se tratar de um golpe e acaba efetuando o pagamento.
Cartão retido no caixa eletrônico
O golpe se trata de uma instalação de uma armadilha nos caixas eletrônicos, cujo objetivo é prender o cartão magnético do usuário na máquina para ter acesso aos dados do cartão.
Consignado – Empréstimo e cartão de crédito
Tipo 1: Saque pelo telefone sem autorização – A instituição bancária falsa entra em contato com a pessoa por meio de uma ligação e oferece um empréstimo. Mesmo ela se recusando a aceitar, o depósito é feito em sua conta bancária, pois usam seus dados de forma fraudulenta. Caso o incidente aconteça, não transfira o dinheiro para outras contas ou retire-o em espécie. Imediatamente entre em contato com seu banco verdadeiro para relatar o acontecido.
Tipo 2: Saque pelo telefone sem compreensão do contratante ou indução ao erro – A falsa instituição financeira oferece o empréstimo consignado à pessoa e ela aceita. Em seguida, é oferecido também um cartão de crédito pré-aprovado. Entretanto, os funcionários, com o objetivo de dificultar a compreensão, falam muito depressa e não informam sobre as condições do contrato, as taxas de juros do empréstimo, as consequências de atrasar ou amortizar o pagamento da dívida, entre outros aspectos importantes para bem informar a pessoa que toma o empréstimo.
Falso namoro pela internet
O golpista utiliza de sites de namoro para procurar normalmente idosos que moram sozinhos. A partir disso, se aproxima, demonstra interesse e envolve emocionalmente a vítima, enviando declarações de amor e demonstrações de afeto. Em dado momento, o golpista inventa um incidente e pede uma quantia de dinheiro emprestado — que nunca será devolvido.
Falso sequestro
Os criminosos ligam para a vítima e, quando ela atende, escuta pedidos de ajuda. Esse indivíduo se passa por alguém de sua família que foi sequestrada e outro comparsa exige um pagamento em troca da vida e segurança do suposto familiar. Nesse caso, a orientação é não se desesperar, não pronunciar o nome de ninguém da família, desligar o telefone e ligar imediatamente para a pessoa que foi supostamente sequestrada ou para pessoas próximas a ela e certificar-se que está tudo bem.
Falsa central de atendimento
Por ligação ou mensagens de texto, os golpistas se passam por funcionários de alguma instituição financeira e comunicam à vítima que uma compra de valor alto foi realizada em seu cartão de crédito. Durante a conversa, o criminoso pedirá para confirmar seus dados, como número do cartão, endereço, nome completo, CPF, e assim irá coletar informações pessoais do escolhido para benefício dele.
Maquininha
Golpes efetuados com auxílio de uma maquininha de pagamentos via cartões de crédito ou débito. Normalmente envolvem adulterações no visor do aparelho para que não se possa ver o verdadeiro valor cobrado ou fazem com que a vítima passe o cartão duas vezes, dizendo que a primeira tentativa de pagamento não deu certo.
Motoboy
O golpista liga para a vítima e alega que seu cartão foi clonado e precisa ser cancelado com urgência. Ele confirma os seus dados pessoais e solicita que ela faça uma ligação para o número que está no verso do cartão, que é o código da sua agência bancária. Assim, os criminosos informam que vão enviar um motoboy, suposto funcionário do banco ou até policial, e que seu cartão deverá ser entregue a ele. Com os dados da vítima e o cartão, os golpistas realizam saques bancários, fazem compras on-line ou em lojas físicas.
Parente com o carro quebrado
A pessoa em quem é aplicado o golpe recebe uma ligação de um parente, que afirma precisar de dinheiro para consertar o carro que quebrou no meio de um trajeto e seguir viagem. Dessa forma, a estratégia para se livrar desse golpe é manter a calma e tentar descobrir mais informações desse suposto parente, como perguntar seu nome, de quem é filho ou outras informações decisivas.
Processo judicial
Por meio de ligação ou envio de correspondência, os golpistas informam que a pessoa idosa tem direito a receber certa quantia em dinheiro devido a uma causa ganha na justiça. Entretanto, diz que será necessário efetuar o pagamento dos honorários e outras taxas para que eles iniciem a ação.
Saidinha de banco
Quando idosos têm dificuldade de utilizar os caixas eletrônicos de seus bancos e pedem ajuda para estranhos ao redor, alguns deles podem ser golpistas que coletam os dados pessoais do cliente, como número, senha e código de segurança do cartão.
Site falso
Trata-se da criação de sites falsos para venda de diversos produtos, geralmente com nomes de grandes marcas e empresas, em que apenas o endereço eletrônico. Para atrair as vítimas, criam diversos anúncios chamativos, com descontos considerados imperdíveis. A dica é: sempre que for realizar compras pela internet, desconfie de preços muito abaixo dos concorrentes, verifique o endereço eletrônico, faça uma pesquisa com o CNPJ da empresa e procure saber se existem muitas reclamações sobre ela.
Troca de cartão
O criminoso aguarda próximo às agências bancárias e, assim que a vítima sai de lá, ele a aborda e diz que seu cartão apresentou um erro ou que a transação financeira não pode ser realizada. Em seguida, solicita que ela entregue o cartão para que ele possa examinar. Nesse momento, o golpista faz a troca do cartão por um falso, enquanto rouba o original da vítima.
WhatsApp clonado
O golpista finge ser funcionário de uma empresa com que a vítima contratou algum serviço e pede que confirme seus dados pessoais para atualizar o cadastro ou ganhar descontos na prestação dos serviços. Dessa forma, ele consegue ter acesso a seus aplicativos de conversa, como o WhatsApp, passa-se por ela e envia mensagens pedindo dinheiro aos familiares e amigos.