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BC precisa de tempo para alterar política de juros, diz Campos Neto

Taxa Selic foi mantida em 6,5% ao ano na primeira reunião do novo presidente do Banco Central a frente da instituição

Por Da redação
8 abr 2019, 16h14
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  • O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 8, que o banco precisa de tempo para analisar a fundo a atividade econômica antes de eventual mudança de rota nas decisões sobre os juros básicos da economia.

    Com a taxa Selic estacionada na mínima histórica de 6,5% há mais de um ano, ele reafirmou que o balanço de riscos para a inflação mostra-se simétrico, em meio a um ritmo de crescimento econômico aquém do esperado, mas repetiu que o BC precisa de mais tempo para avaliar o cenário antes de eventuais ajustes nos juros básicos.

    “É importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, com menor grau de incerteza e livre dos efeitos dos diversos choques a que foi submetida no ano passado”, disse Campos Neto, durante a participação em um evento em Porto Alegre (RS).

    “Esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo”, completou.

    O presidente do Banco Central reafirmou que a Agenda BC+, de ações estruturais da instituição, está sendo reavaliada e será ampliada. Neste aspecto, o BC também está criando índices gerenciais de acompanhamento para medir e estabelecer objetivos.

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    Entre os índices, estão um para medir a capitalização de mercado proveniente de fontes privadas; a penetração do microcrédito e do cooperativismo nos públicos-alvo; o gasto em burocracia no acesso a nossos mercados; o grau de intermediação financeira.

    No processo de aprimoramento da Agenda BC+, Campos Neto citou ainda a incorporação de novas dimensões: inclusão, competitividade, transparência e educação financeira. “Essas dimensões serão trabalhadas por meio de ações com outros órgãos de governo e com a sociedade, e também projetos de leis e alterações infralegais, tendo sempre em vista o objetivo de democratizar, digitalizar, desburocratizar e desmonetizar.”

    Campos Neto defendeu o aprofundamento da Agenda BC+, de ações estruturais da instituição, para “promover um amplo processo de democratização financeira”.

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    “Essa democratização é fundamental para ampliar o provimento de recursos para o setor produtivo em condições justas e gerar benefícios para todos os brasileiros”, disse Campos Neto. “Até o presente, a democratização financeira se focou na garantia de acesso a serviços de pagamento e ao mercado de crédito. Vamos avançar em outras dimensões e dar um foco especial ao mercado de capitais”, acrescentou.

    (Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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