O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que mede a evolução da economia brasileira, fechou 2019 em alta de 0,89%, segundo dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira, 14. O crescimento é mais lento do que em 2018, quando o indicador subiu 1,15% no ano. Informalmente conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia a evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores: indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador é diferente do PIB, que soma todos os produtos e serviços produzidos pelo país em um determinado período. O anúncio dos resultados do quarto trimestre e, por consequência, de 2019, ocorre em 4 de março. A aposta do governo, do mercado e do Banco Central é que o PIB de 2019 realmente seja ligeiramente inferior ao ano anterior. O Ministério da economia estima 1,12%, enquanto o mercado financeiro aposta em um dado ligeiramente maior, de 1,17% e o BC, 1,2%. As projeções são um pouco menores que o PIB de 2018, que foi de 1,3% segundo dado revisado pelo IBGE em dezembro. O dado divulgado originalmente era de 1,1%.
Segundo as informações do BC, a atividade econômica recuou 0,27% em dezembro, após quatro meses seguidos de alta. Com isso, o IBC-Br terminou o quarto trimestre do ano com avanço de 0,46%. Em 2018, o resultado de dezembro havia sido positivo em 0,21%.
Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. No acumulado do segundo trimestre de 2019, por exemplo, o indicador do Banco Central registrou queda de 0,13%, indicando a chamada recessão técnica, após também ter registrado baixa no trimestre anterior. O PIB, entretanto, cresceu 0,4% no mesmo período, o que afastou a possibilidade de recessão.