A ata da última reunião realizada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), órgão do Federal Reserve (Fed) que define a política monetária nos Estados Unidos, endossou aquilo que diversos economistas e analistas já esperavam: a chance de um corte de juros em setembro é praticamente um cenário dado.
No documento, os dirigentes destacaram que os riscos inflacionários diminuíram, enquanto a redução no ritmo da atividade econômica passou a ligar um sinal de alerta. A atividade, segundo os membros do Fomc, tem sofrido o impacto do esfriamento do mercado de trabalho, que trouxe dados mais fracos do que o esperado no último mês.
“A ata corrobora as análises de que o balanço de riscos está mais pesado no mercado de trabalho do que na inflação”, observa Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
A dúvida, agora, é o tamanho do corte. Segundo a ferramenta FedWatch, 61% dos agentes de mercado apostam em uma redução de 0,25 ponto percentual (p.p.), enquanto 38% espera queda de 0,55 p.p.
“A magnitude dos cortes para 2024 deve ficar mais clara após a entrevista de Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole” diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. O presidente do Fed falará no evento na sexta-feira, 23.