A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) apresentou nesta quinta-feira, 14, à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) uma nova proposta para a tabela de frete mínimo para o transporte rodoviário de cargas do país. O texto mantém a cobrança por faixa quilométrica percorrida e propõe a diferenciação de tarifa por tipo de veículo.
A definição dos valores foi uma das reivindicações dos caminhoneiros para encerrar a paralisação. No entanto, o governo ainda não conseguiu chegar a um texto que atenda ao pleito da categoria e agrade o setor produtivo.
Segundo a entidade, na sugestão, a carga geral ficou, em média, 20% abaixo da tabela vigente. “Entretanto, não houve nenhuma redução brusca por veículo, como ocorreu na resolução já revogada. A proposta também corrige as discrepâncias existentes entre certos tipos de carga, a exemplo da frigorificada e perigosa que estão com valores inferiores aos da carga geral”, diz a associação em nota.”
“O preço mínimo proposto considera o menor valor necessário para que o motorista possa sobreviver sem fragilidade do serviço prestado e de sua condição de trabalho”, diz Abcam.
A entidade afirma que, para montar a proposta, levou em consideração o tipo de carga transportada, o veículo e consumos específicos dos caminhões.
“A proposta não inclui o lucro do transportador, que deverá ser negociado livremente entre as partes. Vale ressaltar que o pedágio já deve ser pago pelo contratante. Também não estão inclusas as despesas com impostos, despesas com seguro, diárias e alimentação”, diz a entidade.
A Abcam afirma ainda que não pretende realizar nova convocação de paralisação no caso de não ter a aprovação da tabela mínima de frete.
“Não queremos trazer mais prejuízos para o país. Esperamos que a manifestação geral que já realizamos sirva como aprendizado para que o governo aprenda a dialogar conosco”, disse o presidente da entidade, José da Fonseca Lopes.