Após dois meses de queda, produção industrial cresce 4,1% em junho
Desempenho contribui para superar níveis pré-pandemia, embora a indústria ainda esteja 14,3% abaixo do pico registrado em maio de 2011
Em junho, a produção industrial brasileira cresceu 4,1% em relação ao mês anterior, interrompendo dois meses consecutivos de queda. Este avanço é o mais expressivo desde julho de 2020, impulsionado pelo desempenho positivo das quatro grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades industriais analisadas.
Comparado a junho de 2023, o crescimento foi de 3,2%, somando um avanço de 2,6% no primeiro semestre de 2024. Em 12 meses, o crescimento acumulado foi de 1,5%, reforçando a recuperação do setor.
“Em relação a junho de 2023, a indústria avançou 3,2%, após recuar 1,1% em maio e crescer 8,4% em abril. Com isso, o setor industrial cresceu 2,6% no acumulado do primeiro semestre . No acumulado nos últimos 12 meses, o avanço foi de 1,5%, intensificando o ritmo de crescimento frente ao resultado de maio (1,3%)”, informa o IBGE em nota divulgada nesta sexta-feira, 2.
Entre os setores com melhor desempenho, o IBGE destaca os bens de consumo duráveis e semi e não duráveis, que registraram avanços significativos. A produção de bens de capital e bens intermediários também apresentou crescimento, embora em menor intensidade.
O setor de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, juntamente com produtos químicos e alimentícios, foram os principais responsáveis pelo crescimento, enquanto setores como equipamentos de transporte e artigos de couro registraram quedas na produção.
Esse desempenho positivo contribui para superar os níveis pré-pandemia, embora a indústria ainda esteja 14,3% abaixo do pico registrado em maio de 2011.
Crescimento por Categoria:
- Bens de Capital: +0,5% (mensal), +9,0% (anual)
- Bens Intermediários: +2,6% (mensal), +1,1% (anual)
- Bens de Consumo: +6,8% (mensal), +6,6% (anual)
- Duráveis: +4,4% (mensal), +12,0% (anual)
- Semiduráveis e não Duráveis: +4,1% (mensal), +5,8% (anual)
Segundo o IBGE, a recuperação industrial observada em junho reflete uma resiliência do setor frente aos desafios econômicos e políticos internos, sugerindo um cenário de recuperação gradual e sustentada para os próximos meses.