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André Esteves e BTG Pactual foram alvo de operação da PF

Agentes federais estiveram na casa do banqueiro e na instituição financeira; operação apura se houve crimes na compra do Panamericano pela Caixapar, em 2009

Por Da redação
19 abr 2017, 13h12
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  • O banqueiro André Esteves e o banco BTG Pactual foram alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quarta-feira. As medidas ocorreram em razão da Operação Conclave, deflagrada nesta manhã.

    A PF apura se houve crimes na venda de ações do Banco Panamericano à Caixa Participações, braço de investimentos da Caixa, em 2009.

    O controle do Panamericano foi adquirido pelo BTG do Grupo Silvio Santos em 2011. O banco tem 51% das ações do agora chamado Banco Pan, enquanto a Caixa tem os 49% restantes. André Esteves era controlador do BTG até ser preso em novembro de 2015, em decorrência da Operação Lava Jato.

    Agentes da polícia estiveram na casa do banqueiro na manhã desta quarta-feira, localizada no Rio de Janeiro, mas saíram sem levar documentos. As informações são do seu advogado pessoal, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Segundo o defensor, Esteves estava presente no momento da ação e não houve apreensão porque o material buscado já havia sido requisitado pela Justiça em outra investigação.

    A sede do BTG no Rio de Janeiro também foi alvo de mandado de busca e apreensão. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, a PF requisitou documentos da transação junto ao Grupo Silvio Santos, que eram públicos e já estavam em poder do Banco Central. “O BTG Pactual não foi parte ou teve qualquer envolvimento na compra de participação do Banco Panamericano pela Caixapar em 2009”, diz trecho de nota do BTG.

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    Operação Conclave

    Cerca de 200 policiais federais foram às ruas cumprindo 46 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília/DF. Durante as buscas no Distrito Federal, houve a intimação de um dos investigados, que estava presente no local, segundo a PF. A pessoa compareceu à Superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos, e seu nome não foi divulgado.

    A decisão da Justiça ainda determinou a indisponibilidade e bloqueio de valores de contas bancárias de alvos das medidas cautelares. O bloqueio alcança o valor total de 1,5 bilhão de reais, segundo a PF.

    O nome da operação, Conclave, faz alusão ao ritual que ocorre a portas fechadas entre cardeais na Capela Sistina, no Vaticano, para escolher um novo papa para a Igreja Católica.

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    Outro lado

    Procurado por VEJA, o Grupo Silvio Santos disse, por meio de sua assessoria, que não vai se manifestar sobre o ocorrido.

    A Caixapar emitiu nota dizendo que “está em contato permanente com as autoridades, prestando irrestrita colaboração com os trabalhos, procedimento que continuará sendo adotado pela empresa”.

    O Banco Pan publicou comunicado em seu site destinado a investidores confirmando que agentes da PF estiveram em sua sede na manhã desta quarta-feira. “A companhia esclarece que está colaborando com as investigações e que tal fato não tem nenhuma relação com a gestão atual ou com suas operações e comunicará ao mercado qualquer informação relevante sobre o assunto”, diz trecho da nota.

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