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Agricultura pede investigação sobre vacina contra febre aftosa

"Estamos fazendo um mapeamento no Brasil inteiro para saber onde há mais problemas ou não", afirmou Blairo Maggi

Por Da redação
7 jul 2017, 13h18
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  • O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta sexta-feira que pediu à pasta “uma investigação sobre as vacinas contra a febre aftosa”, que estão no cerne da suspensão das exportações de carne in natura brasileira aos Estados Unidos por causa de abscessos (caroços) na proteína.

    “Estamos fazendo um mapeamento no Brasil inteiro através de nossas superintendências e pelos frigoríficos para saber onde há mais problemas ou não”, afirmou o ministro.

    Nota técnica do Ministério da Agricultura afirma que a composição da vacina contra febre aftosa em si não gera abscessos nas carnes brasileiras in natura, mas sim a aplicação incorreta do medicamento. A nota, assinada pela diretora do Departamento de Fiscalização de Insumos Pecuários, Janaína Gonçalves Garçone, e pelo secretário de Defesa Agropecuária, Luis Eduardo Pacifici Rangel, esclarece que são esperados nódulos nos locais da injeção.

    Segundo o documento, existem registros de nódulos decorrentes do medicamento injetável desde o início do uso obrigatório da vacina oleosa no Brasil, em 1992.

    “Diferentemente, abscessos são lesões que ocorrem eventualmente em decorrência de más práticas e de contaminação microbiológica no local da aplicação”, diz o comunicado. “O agravamento das reações locais, ou a evolução dessas reações para abscessos, estão relacionados com a aplicação incorreta do produto, podendo levar a perdas no processamento das carcaças”, conclui.

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    Maggi reafirmou que as autoridades brasileiras enviarão uma missão aos EUA no dia 13 de julho para discutir a questão. “Pedi uma reunião mais política com o secretário do Departamento de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, no dia 17 de julho”, disse.

    Ele também afirmou que a China pediu na semana passada esclarecimentos ao Brasil sobre a suspensão das exportações de proteína aos EUA. Para Maggi, é “algo natural” outros países demandarem informações em casos assim.

    Por fim, Maggi disse que as exportações de carne bovina in natura pelo Brasil devem se manter firmes no segundo semestre, apesar das turbulências registradas desde a Operação Carne Fraca, em março.

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    “Acho que se mantêm, porque dentro dessa conjuntura, tivemos a proibição de abates na Índia, de bubalinos e bovinos. O mercado se aqueceu, e o Brasil está tendo oportunidades”, disse o ministro.

    (Com Reuters)

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