Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Chefe do Sebrae reage a fala de Guedes e defende ‘modernizar’ Sistema S

Afif afirmou que declaração de futuro ministro sobre cortar até 50% dos recursos é 'convite ao diálogo'. Em 2017, valor dos repasses foi de R$ 16,4 bilhões

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 dez 2018, 11h30 - Publicado em 18 dez 2018, 16h17
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, apoiou a fala do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, de rever as verbas do Sistema S. De acordo com ele, a intenção de cortar até 50% dos repasses é “um convite ao diálogo”.

    “Hoje, os governos estão procurando desonerar a folha de pagamento para não sobrecarregarem a contratação”, disse Afif. “O Sistema S, criado nos anos 1940, precisa sofrer uma grande reformulação. Jamais extingui-lo. Modernizá-lo.”

    Paulo Guedes determinou à sua equipe a meta de cortar pela metade os recursos que são repassados ao Sistema S, que inclui entidades como Sesi, Sesc, Senac, comandadas pelas confederações empresariais do país, e o próprio Sebrae. Na segunda-feira 17, durante um evento na Federação das Indústrias do Rio (Firjan), ele disse a empresários que “tem que meter a faca no Sistema S”.

    “Muito do que o Sistema S faz pode ser feito pelo mercado de forma competitiva. Preservaremos as atividades com características de bens públicos”, afirmou Guedes.

    Continua após a publicidade

    “O Sebrae não tem a missão de formação profissional, como os primeiros programas do Sistema S. Estamos focados no desenvolvimento de pequenos negócios. Mas o Sebrae também precisa ter uma reformulação para ganhar mais eficiência”, disse Afif. “Demos um grande passo quando se mexeu na estrutura sindical, no ano passado. Agora, são as entidades que devem sofrer uma reavaliação.”

    Apesar de a arrecadação do Sistema S ser feita a partir de um desconto sobre a folha de pagamentos, como o imposto sindical, as entidades ficaram de fora da reforma trabalhista. Com a retomada do crescimento, apesar de pequeno, as entidades voltam a se fortalecer com o crescimento pontual do emprego. Em 2017, o Sistema S recebeu 16,4 bilhões de reais.

    Continua após a publicidade

    José Amato Balian, professor de administração da ESPM, defende o Sistema S, mas concorda que é preciso buscar novas fórmulas para aumentar a eficiência das entidades. “É um processo que temos que passar. Se a folha de pagamento é reduzida, as entidades precisam ser mais eficientes. Ninguém é contra essa redução”, afirmou. “Mas, uma das poucas coisas que funcionam, é esse dinheiro que volta para a sociedade por meio do Sesi, do Senai e do Sesc.”

    Uma das críticas ao Sistema S é a utilização das entidades para promoção de pleitos dos empresários ou até mesmo lançamentos de plataformas políticas. José Alencar, vice-presidente durante o governo Lula, foi presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), candidatou-se e quase chegou ao segundo turno na corrida ao governo de São Paulo, neste ano.

    Para Arthur Ridolfo, da Fundação Getúlio Vargas, isso precisa acabar. “Muitas vezes, o Sistema S acaba sendo plataforma de promoção de dirigentes”, criticou. “Há um ponto questionável. É legítimo federação de indústrias ser financiada com contribuições compulsórias e repasses do governo?”

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.