A silenciosa suspensão das ações da Evergrande na bolsa de Hong Kong
A saída dos papeis ocorre após ordem de demolição de governo local e gera desconfiança sobre até que ponto as autoridades chinesas ajudarão a empresa
A gigante e endividada empresa imobiliária da China Evergrande divulgou a suspensão da negociação de seus papeis na bolsa de Hong Kong nesta segunda-feira, 3. Assim como a reestruturação e os planos da empresa, o anúncio foi feito sem justificativas e aumentou as dúvidas sobre os rumos da companhia que acumula 300 bilhões de dólares em dívidas.
O anúncio foi feito após a mídia chinesa divulgar que a Evergrande teria de demolir um conjunto residencial na província de Hainan com 39 prédios em 10 dias, uma vez que a licença da construção teria sido obtida ilegalmente. A empresa, porém, afirmou que a medida não impacta os seus outros empreendimentos.
Nesta segunda-feira, 3, o índice Hang Seng, da bolsa de valores de Hong Kong, encerrou em queda de 0,53% e ativos ligados ao setor imobiliário fecharam em queda de 1,7% após despencarem 2,8%. O principal receio dos investidores é que a ordem de demolição seja um indício de que as autoridades chinesas não ajudarão a empresa a se reestruturar, ainda que estejam mantendo os empréstimos a empresas mais fortes do setor.