A maioria dos consumidores (71%) não conseguiu poupar nenhum centavo durante o mês de dezembro. Destes, 40% apontaram a renda muito baixa como motivo para não economizar. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Outros 17% disseram não ter qualquer fonte de renda e 16% foram surpreendidos por algum imprevisto durante dezembro. Para 13%, o descontrole de gastos e a falta de disciplina para guardar o que recebem de salário impossibilitaram a economia.
O fim do ano foi difícil até mesmo para os brasileiros que costumam guardar dinheiro. Entre os entrevistados, 34% afirmaram ter o hábito de poupar, mas, em dezembro, apenas 21% deles conseguiram economizar – no mês anterior, o índice foi de 20%.
Proteger-se contra imprevistos é o principal motivo para que os brasileiros poupem dinheiro (37%). Outras razões apontadas pelos entrevistados são garantir um futuro melhor para a família (24%), fazer uma viagem (22%) e ter uma reserva no caso de ficar desempregado (21%). Em média, o valor poupado em dezembro foi de 571,91 reais – em novembro, a quantia havia sido menor, cerca de 400,57 reais.
Quem economiza prefere recorrer à poupança (57%) para guardar o dinheiro. Ainda assim, 27% afirmaram deixá-lo na própria residência e 17% mantêm o dinheiro na conta-corrente. Opções mais rentáveis de investimentos foram menos citadas pelos poupadores: fundos de investimentos (9%), previdência privada (8%), Tesouro Direto (7%), CDBs (5%) e ações (5%).
Entre os que já possuem reserva financeira, 49% tiveram de sacar parte dos recursos guardados em dezembro. Alguns motivos apontados são imprevistos (14%), compra (13%) e pagamento de dívidas (11%).
O levantamento foi realizado em doze capitais que abrangem as cinco regiões brasileiras. A amostra da SPC Brasil e CNDL entrevistou 800 pessoas.