Quase metade dos brasileiros admite que não faz um controle efetivo do próprio orçamento, segundo estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esse porcentual sobe para 48% entre as pessoas das classes C/D/E e 51% entre os homens.
Entre os que fazem uma administração precária do orçamento, 21% confiam na própria memória para gerir os recursos financeiros.
Entre os 55% que controlam os gastos, 28% utilizam o caderno de anotações para organizar as contas. Outros meios utilizados para controlar as finanças são planilhas de Excel (18%) e aplicativos no celular (9%).
“Não importa a ferramenta utilizada para anotar os gastos, importa que o método seja organizado. Algumas pessoas têm facilidade com planilhas ou aplicativos, outras preferem o velho caderninho de anotações. O importante é anotar e principalmente analisar os registros, de forma que o consumidor identifique onde há sobras e onde o orçamento deve ser ajustado”, ensina a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Segundo ela, disciplina é parte fundamental para uma vida financeira saudável. “Foco e esforço são essenciais para se alcançar uma vida financeira equilibrada.”
Dificultadores
Entre os que controlam orçamento, 59% dizem sentir dificuldades na tarefa. Entre os problemas citados, a falta de disciplina é o principal deles.
Seis em cada dez consumidores que controlam seu orçamento afirmam sentir alguma dificuldade ao executar essa tarefa. As principais queixas são falta de disciplina em anotar os gastos e rendimentos com regularidade (26%), falta de tempo (12%), dificuldade em encontrar um mecanismo simples de controle (11%) e dificuldade em fazer cálculos (5%).
A falta de disciplina também é a principal justificativa para aqueles que não controlam o próprio orçamento, com 34% de menções