Quatro em cada dez consumidores (38%) chegaram em 2018 com contas no vermelho, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Enquanto alguns não conseguem quitar todas as dívidas, outros 45% afirmam estar no limite do orçamento após as festas de fim de ano. Apenas 13% estão com sobra de recursos.
Com o aperto no começo do ano, os consumidores pretendem diminuir o nível de gastos, segundo a pesquisa. A maioria dos entrevistados (24%) aponta o nível elevado dos preços como fator decisivo para a redução dos custos. Outros 18% apontam o desemprego como principal razão, seguido pela constante busca por economizar (18%) e o endividamento e a situação financeira difícil (16%).
Em novembro, quase metade dos usuários de cartão de crédito (47%) sentiu aumento no valor da fatura do cartão de crédito. Para 30%, o valor se manteve estável em relação a meses anteriores. A média de gastos foi de 1.034,75 reais. Os dados são do Indicador de Uso do Crédito do SPC Brasil.
Ainda segundo o levantamento, entre os consumidores que possuem empréstimos e financiamentos, 22% afirmam estar com parcelas pendentes de pagamento e outros 27% admitem ter pago parcelas em atraso ao longo do contrato.
Para tentar driblar o endividamento, 85% dos brasileiros tinham a intenção de usar o 13º salário para pagar dívidas, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). A grande maioria dos entrevistados (94%) afirmou na época que tinha dívidas no cheque especial e no cartão de crédito e pretendia regularizar a situação com as duas parcelas do 13º salário, pagas nos dias 30 de novembro e 20 de dezembro.
A pesquisa do SPC Braisl e CNDL entrevistou 800 pessoas em doze capitais das cinco regiões brasileiras – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém.