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Aos 70, Serginho Groisman proclama: “Não sou porta-voz dos jovens”

O apresentador, em entrevista a VEJA, fala das duas décadas do 'Altas Horas' e como se desdobra entre gravar em casa e cuidar do filho na quarentena

Por Eduardo F. Filho Atualizado em 4 jun 2024, 13h41 - Publicado em 31 jul 2020, 06h00
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  • FALA, GAROTO - O apresentador: “Não sou e nunca serei porta-voz dos jovens” - (Ramón Vasconcelos/TV Globo)

    Quando comunicou ao patrão sua decisão de bandear-se do SBT para a Globo, no fim de 1999, Serginho Groisman ouviu um prognóstico desalentador. Silvio Santos, ele mesmo, foi enfático ao proclamar que seriam nulas as chances de o apresentador repetir na líder de audiência o sucesso de seus programas de auditório para jovens — como o pioneiro Matéria Prima, na TV Cultura, e mais tarde o Programa Livre, que estava no ar no SBT desde 1991. “O Silvio falava que eu não daria certo na Globo. Ele dizia: ‘Você não tem a cara deles’”, relembra Serginho, com seu jeito tranquilão. O tempo provou que o homem do Baú estava errado. Em outubro, o show que Serginho comanda nas madrugadas da Globo, Altas Horas, completará vinte anos. Também em 2020 o apresentador atingiu outra marca notável: em junho, chegou aos 70 anos sem perder a capacidade de se conectar com a juventude. “As pessoas falam que sou o porta-voz dos jovens, mas eu não sou e nunca serei essa pessoa. Tenho 70, e eles sabem e me respeitam”, disse ele a VEJA em papo por videochat. Leia a entrevista completa.

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    O segredo da resiliência pode ser resumido em um valioso lugar-comum: Serginho toca a carreira devagar e sempre. Ao lado de Luciano Huck, é dos poucos apresentadores ainda em evidência da leva que despontou em outras emissoras e foi contratada pela Globo na virada dos anos 90 para os 2000 (da qual tantos ex-VJs da MTV ficaram pelo caminho). Serginho já foi desdenhado por se acomodar em um nicho de baixa audiência, das 23h30 à 1h30 das madrugadas de sábado. Curiosamente, boa parte dos jovens está na balada nesse horário, mas a galera “caseira” (ou impossibilitada de sair por causa da pandemia) se revela fiel. Serginho diz que nunca teve uma ruga sequer por ibope. Em seu primeiro programa no SBT, nos anos 90, a convidada era Hebe Camargo, o que fez a audiência saltar para 10 pontos — uma enormidade para a emissora. Ele garante que não se empolgou quando Silvio festejou: “Eu pensei: ‘O que é 10? 10 de 10, 10 de 100 ou 10 de 1 000?’. Não era importante”.

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    Na Globo, a humildade revelou-se um trunfo: com índices na marca dos 12 pontos, o Altas Horas não chega a excitar, mas traz a liderança. Agrega, ainda, prestígio à rede carioca, com seus debates sobre temas sérios (o mais famoso teve bate-boca entre Anitta e a roqueira Pitty a respeito de violência contra mulher) e entrevistas que bombam no Twitter (como a que marcou a volta da dupla Sandy & Junior). Para o apresentador, o desprezado espaço da madrugada trouxe liber­dade para tratar em um canal aberto de assuntos como drogas e sexualidade trans. “Quando vim para a Globo, deixei claro que queria carta branca para levar os convidados que eu quisesse”, afirma.

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    Uma convidada — não do Altas Horas, mas de uma atração de cunho social que ele também apresentou na Globo — virou sua esposa. Serginho conheceu a dentista Fernanda Molina durante uma entrevista, e ela é a mãe de seu único filho, Thomas. Pai de primeira viagem aos 64, o apresentador está exercitando bastante seu lado jovem ao cuidar do rebento em casa, na quarentena. Especialista em amamentação, a mãe ainda provê leite ao menino de 5 anos. Enquanto isso, Serginho se desdobra nas gravações domésticas do Altas Horas. “A Globo me mandou uma câmera, eu comprei microfone e opero tudo”, diz. Raras vezes um programa de auditório teve tanto a cara (e o ritmo) de seu dono.

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    Publicado em VEJA de 5 de agosto de 2020, edição nº 2698

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