Nos primórdios de 2019, quando a ideia de uma pandemia global ainda estava restrita à ficção científica, Ryan Reynolds causou tanta aglomeração na Comic Con Experience (CCXP), em São Paulo, que os fãs brasileiros, desesperados para chegar perto do ídolo, derrubaram uma grade sobre ele, fazendo com que o ator levasse um tombo no palco. Na ocasião, o astro de Deadpool visitava o Brasil para divulgar o filme Free Guy, que chega finalmente aos cinemas do país nesta quinta-feira 19 — mais de um ano e meio e muitos adiamentos depois.
Na trama, Ryan interpreta Guy, um bancário preso em uma espécie de looping temporal nada agradável em que presencia tiroteios, assaltos e em alguns dias sobrevive, outros não — até descobrir ser um personagem coadjuvante de um jogo de videogame. “Guy é um cara superdoce e aberto que dá o azar de viver em um inferno. Todos os dias ele assiste pessoas sendo assaltadas, atacadas, e tenta não ser morto — algumas vezes ele sobrevive, outras não. Foi muito divertido mergulhar nesse universo”, contou o ator em entrevista a VEJA.
Dirigido por Shawn Levy, o badalado diretor e produtor de Stranger Things, Free Guy é uma mistura divertida de sucessos da década passada, como O Show de Truman, De Volta Para o Futuro e Quero Ser Grande. “Eu cresci com esses filmes e amava cada um deles. Foram esses filmes que nos fizeram querer estar aqui, atuando. Geralmente o tema comum a eles é a realização de desejos, e Free Guy está repleto dessas realizações”, apontou Ryan.
Lançado nos Estados Unidos na semana passada, exclusivamente nos cinemas, o filme surpreendeu positivamente ao arrecadar 26 milhões de dólares no país nos primeiros dias de exibição. Fora das terras do tio Sam, contabilizou 22,5 milhões de dólares, o que elevou a bilheteria global para 51 milhões de dólares de acordo com a Disney. Considerando o orçamento de 100 milhões despendido na produção, a arrecadação seria decepcionante sob circunstâncias normais, mas em um mundo pandêmico, e com a variante Delta atrapalhando a recuperação da indústria cinematográfica americana, desempenhou mais do que as expectativas, que ficavam abaixo dos 20 milhões no país.
Em alta na pele do anti-herói Deadpool, Ryan relatou não ter desapegado completamente do personagem. “Você ainda consegue identificar aquele estilo rápido e direto de falar do Deadpool nesse filme. Mas o Guy é superinocente, eles são bem diferentes no começo. Até que ele amadurece e se torna mais ácido à medida que se aproxima do final,” finaliza.
Confira o trailer: