Uma enxurrada de homenagens dos fãs marcou os 25 anos da perda de Renato Russo, que morreu em 11 de outubro de 1996, aos 36 anos. Mas as novidades planejadas para homenagear o artista só deverão ser lançadas no ano que vem – segundo o espólio do artista, a culpada pelo atraso é ela mesma, a pandemia. As iniciativas são centralizadas pela empresa Legião Urbana Produções, dona da marca da banda e pertencente ao filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini. Segundo a empresa, documentários, filmes e exposições já estão prontos, esperando apenas o momento propício para sair do forno.
Uma dessas novidades é longa Eduardo e Mônica, inspirado na letra da música homônima. O filme, que está pronto desde 2019, deverá entrar em cartaz nos primeiros meses de 2022.
Também está em produção pela Gávea Filmes, com previsão de lançamento para 2022, um documentário sobre a vida do cantor, que será baseado em um acervo de 6 000 itens, como vinte diários, cinquenta cadernos, diversas fitas-cassete, vídeos e desenhos. A memorabilia ficou guardada por vinte anos no apartamento do cantor, em Ipanema, no Rio de Janeiro, e foi organizada e catalogada pelo Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. O documentário, que não terá nenhuma entrevista – nem com os ex-integrantes Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos – tentará entender como o músico pensava e compunha suas obras. A produção também deverá se desdobrar em uma série de TV.
Na área musical, o ano que vem trará ainda o cantor Seu Jorge em uma turnê nacional em homenagem a Renato Russo, cantando hits da Legião Urbana e da carreira-solo do artista. Para o Carnaval de 2022, um fã clube do cantor em Recife, Pernambuco, fará um boneco gigante, com cerca de 4 metros de altura, em homenagem a ele. Uma nova exposição, semelhante àquela que ocorreu no MIS, em São Paulo, entre 2017 e 2018, também está prevista, além de um novo livro baseado nos diários do cantor.
Recentemente, uma decisão judicial autorizou os ex-integrantes Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos a usarem o nome da bana Legião Urbana em shows, embora a propriedade da marca continue sendo da empresa do filho de Renato Russo. A decisão deu aos ex-integrantes o direito de usar a marca sem precisar pagar direitos ou ter autorização prévia da empresa.