A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou nesta terça-feira algumas diretrizes para a próxima edição do Oscar, que pode ser afetada pela pandemia do coronavírus. Com o fechamento dos cinemas ao redor do mundo, foi suspensa a regra de que, para ser indicado ao prêmio, um filme deve ser exibido por ao menos uma semana em uma sala de cinema em Los Angeles. Agora, podem entrar na disputa produções apenas abrigadas em plataformas de streaming.
Em comunicado divulgado online, a Academia disse que “até segunda ordem, e apenas para a 93ª edição do Oscar, filmes que tinham lançamento em cinemas anteriormente planejado e que agora estão disponíveis em transmissões comerciais ou em plataformas sob demanda podem se qualificar para Melhor Filme, categorias gerais e categorias de especialidades”.
Além disso, acrescentou que, em uma data a ser definida pela organização e quando os cinemas reabrirem, a regra voltará a valer e todos os filmes lançados após essa data deverão estar de acordo com os padrões anteriores. As categorias de Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som também sofrerão alterações e serão agrupadas em uma única estatueta: Melhor Som.
“A Academia acredita firmemente de que não há nenhuma forma melhor de experienciar a magia de um filme do que vê-lo em uma sala de cinema”, disse o presidente da organização cinematográfica David Rubin em comunicado. “Nosso compromisso com essa crença permanece inalterado e inabalável. No entanto, a trágica pandemia da Covid-19 exige que façamos essa exceção temporária nas regras de elegibilidade do Oscar.”
A badalada cerimônia, que costuma acontecer anualmente, entre fevereiro e março, ainda é uma incógnita para o próximo ano. Sem uma vacina contra o coronavírus, dificilmente a festa poderá acontecer nos mesmos moldes, em um anfiteatro fechado e repleto de pessoas. Enquanto isso, festivais de cinema como Cannes e Veneza, que costumam servir de vitrine para filmes que almejam disputar o Oscar, continuam incertos neste ano.