Sintoma do sucateamento cultural que o Brasil enfrenta há anos e da falta de mais espaços como livrarias e bibliotecas que atendam à demanda da população, São Paulo foi eleita a oitava pior capital do mundo para leitores ávidos, segundo um estudo global realizado pela The Knowledge Academy. O levantamento, que trocou Brasília por São Paulo como cidade nacional pesquisada com o intuito de cobrir uma área mais densa com mais características de capital, também apontou as melhores regiões do mundo para os amantes de livros — dentre as quais se destacam Berlim, na Alemanha, e Tóquio, no Japão.
Para chegar à lista das melhores e piores capitais para leitores, a empresa coletou dados sobre a população de cada cidade analisada e a quantidade de livrarias e bibliotecas que cada uma tinha. Essas informações então foram combinadas e comparadas para gerar um classificação que vai de zero a dez. Além de São Paulo, que amarga a oitava posição das piores regiões com 3,69 pontos, o ranking é liderado por Kinshasa (República Democrática do Congo), seguido respectivamente por Jacarta (Indonésia), Riad, (Arábia Saudita), Amã (Jordânia), Hong Kong, Bangkok (Tailândia) e Hanói (Vietnã). Ocupando a nona e décima posição estão Pequim (China) e Bogotá (Colômbia).
A presença dos livros físicos e dos espaços para leitura ainda não foi completamente substituída pela inovação dos aparelhos digitais — já que as pessoas ainda têm um apego muito forte pelo formato tradicional em papel. Esses espaços são importantes para disseminar o fortificar o hábito de leitura e promover cultura. Dentre as capitais que tiveram boas pontuações de destacam, além das já mencionadas Berlim (Alemanha) e Tóquio (Japão), com 9,21 e 8,69 pontos respectivamente, lugares como Buenos Aires (Argentina) e Roma (Itália), empatadas em terceiro lugar com 8,68 pontos, e Madri (Espanha), com 7,90 pontos.