O processo por assédio sexual que o ator Cuba Gooding Jr. enfrentava chegou ao fim nesta quinta-feira, 13. De acordo com o jornal americano The New York Times, em abril deste ano o vencedor do Oscar se declarou culpado de ter beijado à força uma mulher em uma boate de Nova York em 2018. Após a reafirmação da confissão de culpa, a Suprema Corte de Manhattan decidiu que Gooding Jr. não cumprirá pena de prisão e seguirá os termos de um acordo condicional feito anteriormente que incluem aconselhamento sobre álcool e comportamento. O caso levou mais de três anos para ser finalizado em função de atrasos judiciais relacionado a pandemia.
Vale ressaltar que o ator confessou apenas uma das três acusações de ter apalpado e beijado mulheres sem consentimento. De acordo com o promotor do caso Coleen Balbert, o réu ficou fora de problemas e completou seis meses seguindo o acordo, o que lhe permitiu retirar a alegação de contravenção e se declarar culpado de uma das violações de assédio. Segundo reportou o jornal USA Today, Balbert disse que recebeu “relatórios positivos” do terapeuta de Gooding Jr. e que o ator permanece em tratamento além do tempo exigido pelo acordo condicional. Se o ator não cumprisse os termos, ele poderia pegar até um ano de prisão.
Após as primeiras acusações contra Cuba Gooding Jr. feitas em Nova York, outras mulheres surgiram denunciando o ator graças aos desdobramentos do movimento #MeToo. O ator chegou a ser preso em junho de 2019, após uma mulher de 29 anos falar a polícia que ele havia a acariciado sem consentimento em um bar na Times Square. Meses depois, promotores do caso acusaram Gooding Jr. de ter apalpado as nádegas de uma mulher e fazer comentários sexuais para ela em um restaurante. No momento, apesar de não enfrentar mais acusações criminais em Manhattan, o artista enfrenta dois processos civis por abuso que estão em andamento na Suprema Corte Estadual e no Tribunal Distrital Federal.