O artista plástico Angelo Venosa morreu nesta segunda-feira, 17, aos 68 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença que ataca o sistema nervoso, enfraquece os músculos e afeta as funções físicas que enfrentava desde 2019. Um dos maiores escultores do Brasil, o artesão estava internado em um hospital particular do Rio desde o último sábado, 15.
Angelo Venosa nasceu em São Paulo, mas consolidou sua carreira no Rio de Janeiro, onde tem a obra A Baleia exposta na Praia do Leme, na zona sul da capital fluminense. O artista tinha como característica criar peças usando madeira, tecido, fibra de vidro e outros materiais, e ficou famoso por produzir obras tridimensionais que misturavam materiais vindos da natureza com o universo industrial.
Venosa integrou o movimento Geração 80, que marcou a retomada da pintura no mundo artístico, mas ele se difere do grupo por ter optado pela escultura. Suas obras estão expostas no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp) e na Pinacoteca de São Paulo, além de locais como a Praia de Copacabana e Museu do Açude, no Rio; em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul; e no Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba.
A última exposição do artista foi realizada no Rio de Janeiro em abril de 2021, com obras feitas durante a pandemia de Covid-19. Ele já estava mais recluso em casa antes deste período por conta do diagnóstico de ELA.