O ilusionista Val Valentino, o Mister M, que fez sucesso no Brasil há 23 anos com um quadro no Fantástico, onde revelava os segredos das mágicas, fará uma curta temporada de 20 apresentações a partir de 9 de novembro no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo. O mágico irá revelar os segredos das mágicas clássicas e o espetáculo contará com a icônica narração de Cid Moreira.
Dias antes da estreia do espetáculo, Val Valentino recebeu a reportagem de VEJA no teatro Procópio Ferreira para um bate-papo, em que ele contou como começou a se interessar por mágica, carreira, saúde e a perseguição de outros mágicos.
Boa noite: Cid Moreira, a grande voz da comunicação no Brasil
O artista guarda uma relação muito próxima com o Brasil e diz que o país o auxiliou a se curar de um câncer de próstata. Em 2020, ele visitou o país a turismo e ficou preso aqui durante a pandemia. Nesse período, o câncer se agravou e ele teve de ser operado às pressas. “Em 2019, de fato, cheguei a ser declarado morto por três minutos. Na outra dimensão, vi minha mãe dizendo para eu vir para o Brasil. Cheguei aqui pouco antes da pandemia e não consegui voltar. O câncer piorou e fui operado no Brasil. Me recuperei graças ao carinho e amor dos brasileiros.”
Reportagem publicada na edição da semana da revista mostra como, folclórico e orgulhosamente cafona, Mister M é também um ótimo contador de histórias. Ao redor do globo, diz que ajudou a legalizar a mágica na China, onde a prática era proibida pela ditadura comunista. Também teria quebrado barreiras na muçulmana Indonésia. Pura ilusão dele? O fato é que os governos locais legalizaram a atuação dos mágicos profissionais nas últimas décadas — e ainda o homenagearam publicamente. Para o Príncipe dos Sortilégios, apelido que ganhou de Cid Moreira, os maiores truques já foram feitos: divulgar seu ofício — e, claro, sobreviver.
“Meu objetivo sempre foi fomentar uma nova geração de artistas”, diz ele. De volta aos palcos brasileiros, promete novamente surpreender o público após a famosa deixa do ex-locutor global — “e agora, Mister M?”.